Não se vê a graça de Soderbergh, Assayas deixa-nos com um sorriso de incredulidade
O concurso, hoje, no Festival de Veneza: Steven Soderbergh quer divertir-nos com a opacidade dos Panama Papers, mas não vimos a graça de The Laundromat; Olivier Assayas quer levar a sério um fresco sobre a História recente de Cuba, mas Wasp Network deixa-nos com um sorriso de incredulidade.
Os sinais de um novo amanhã, num texto em que as palavras-chave desse suposto novo dia são “histórias audiovisuais”, “produtos” e “séries” e um contexto em que “cinema” já não é termo que baste porque a “velha aristocracia” – estúdios, salas… – “já foi”, como diria o outro, são apresentados como o programa do dia da 76. Edição do Festival de Veneza. Isto segundo um editorial no diário oficial do festival, que faz a propaganda da narrativa que a direcção de Veneza, e do seu director artístico Alberto Barbera, está a imprimir ao Lido. Diz-se ali, naquele texto, que este é um festival “sintonizado com as mais modernas instâncias do mercado sem renunciar aos seus valores-chave: a qualidade dos produtos apresentados”.
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