António Costa diz que houve “um reforço claro de investimento no interior”

Primeiro-ministro esteve em Penacova em mais uma etapa do périplo pela Estrada Nacional 2.

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LUSA/PAULO NOVAIS

O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou nesta terça-feira que houve “um reforço claro de investimento no interior”, reiterando que é na criação de emprego que está a chave para fixar população em territórios despovoados.

“Há um reforço claro de investimento no interior e de criação de postos de trabalho no interior”, disse o também primeiro-ministro, que falava aos jornalistas após uma visita à fábrica das Águas das Caldas de Penacova, no distrito de Coimbra, numa iniciativa inserida no seu périplo pela Estrada Nacional (EN) 2.

Questionado sobre se haverá uma tendência de fixação das pessoas, António Costa referiu que é necessário aguardar pelos Censos 2021, mas sublinhou que o actual Governo tem vários exemplos de medidas para travar o despovoamento no interior do país, fazendo alusão à discriminação positiva em matéria fiscal, no acesso a fundos comunitários e na redução das portagens.

“Agora, não há milagres. As pessoas não se fixam se não tiverem onde se fixar. Para se fixarem é fundamental criar condições para que possa haver investimento empresarial”, acrescentou, voltando a vincar a ideia - que já várias vezes reiterou - de que a condição essencial para fixar pessoas “é criar emprego”.

As pessoas, frisou, “fixam-se onde há emprego e há emprego onde há empresas que o criem”.

Apesar disso, António Costa vincou que “há um trabalho que é necessário prosseguir para continuar a tornar este território mais atractivo, mais gerador de oportunidades”.

Na visita à Águas Caldas de Penacova, António Costa teve como guia o presidente do conselho de administração da empresa, Urbano Marques, que salientou os investimentos para poupar energia e o objectivo de incorporar cada vez mais plástico reciclado na produção das garrafas de água.

Num jeito de balanço do périplo pela EN 2, o secretário-geral do PS destacou o património natural e cultural, bem como as empresas históricas e novos investimentos que encontrou nos territórios que percorreu, bem como o potencial turístico, como é o caso do projecto da Rede das Aldeias do Xisto.

“O país tem enormes potencialidades que temos de ser capazes de agarrar e continuar a melhorar e a fazer mais para continuar a aumentar o valor do país”, disse.