Terrina Germain, que esteve em várias colecções portuguesas, vai a leilão em Nova Iorque

Lagostins e alcachofras numa peça criada por um dos maiores ourives franceses do século XVIII, um artista que trabalhou para a realeza europeia, incluindo D. João V. Em Outubro vai à praça com uma base de licitação de dois milhões de dólares. Até lá, a investigação deverá trazer mais informação sobre esta terrina, que pertenceu a um primeiro-ministro português e a um empresário que fez fortuna, e a perdeu, depressa.

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Esta terrina feita por Thomas Germain e, mais tarde, adptada pelo seu filho, François-Thomas, tem 275 anos Cortesia: Sotheby's
Alberich Zwyssig
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O marquês da Foz num retrato publicado postumamente no seu estudo sobre a baixela Germain ("A Baixela Germain da Antiga Côrte Portuguesa", 1925, edição dos Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga) DR

Um homem culto e inteligente que seguiria a vida religiosa, se não tivesse contrariado os planos que a família, poderosa e influente no século XVIII português, lhe reservava. Um homem que viria a ocupar vários postos diplomáticos de destaque e que chegaria até a primeiro-ministro no reinado de D. Maria I. Aparentemente talhado para a política, interna e externa, Martinho de Melo e Castro era também “um homem de bom gosto”. Quem o define assim é o historiador de arte Nuno Vassallo e Silva, especialista em ourivesaria, falando de uma “espectacular terrina” de prata que passou pela colecção deste embaixador muito próximo de D. José I e que vai ser leiloada pela Sotheby’s em Nova Iorque, a 25 de Outubro.

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