A primeira-dama Brigitte Macron regressa à escola

As aulas começam em Setembro no Instituto Vocacional para o Emprego, destinado a desempregados maiores de 25 anos.

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Reuters/POOL

Brigitte Macron, a primeira-dama francesa, vai regressar à escola mas, desta vez vai ensinar desempregados num programa para aqueles que ainda não terminaram o ensino secundário. A professora que abandonou a sua profissão para apoiar o marido na corrida às presidenciais, vai ensinar literatura clássica e património cultural em Clichy-Sous-Bois, a leste de Paris, uma zona conhecida por ter sido ali o ponto de partida para os distúrbios que eclodiram em 2005, refere o site Politico.

As aulas começam em Setembro no Instituto Vocacional para o Emprego, destinado a desempregados maiores de 25 anos, e financiado pelo conglomerado de luxo LVMH – que reúne marcas como a Louis Vuitton, Bulgari ou a Christian Dior – a pedido da primeira-dama. “O nosso objectivo é que os alunos desenvolvam um projecto profissional e competências-chave – autoconfiança, conhecimento das instituições, leitura, redacção, cálculo – para que possam ter acesso a um emprego, a uma formação ou criar a sua própria empresa”, explica Olivier Théophile, director do departamento de responsabilidade social da LVMH, ao Journal du Dimanche.

Este é um público muito diferente daquele a que Brigitte leccionou durante a sua carreira docente, como professora de francês e de latim, uma vez que deu aulas em colégios particulares como o Instituto Jesuíta de Amiens, onde conheceu o seu então aluno Emmanuel Macron, 25 anos mais novo que a professora. Assim como não cumprirá um horário rigoroso, pois é responsável por masterclass. Ela [Brigitte Macron] quer que eles [os alunos] descubram a literatura clássica e a sua herança cultural”, informa o prefeito de Clichy-sous-Bois, Olivier Klein, ao mesmo jornal francês.

Além da mulher do Presidente outras figuras públicas também marcarão presença nesta escola, como o rapper Ben-J., o maestro Zahia Ziouani, o neurocientista Stanislas Dehaene ou o chef Thierry Marx. Os alunos também receberão um apoio financeiro para estudarem. Segundo o Journal du Dimanche, depois deste estabelecimento de ensino, a intenção é abrir outro em Valence, no sudeste do país, no próximo ano.

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