Defesa de Ronaldo assume acordo com Kathryn Mayorga
Declaração não equivale a uma admissão de culpa. Justiça norte-americana decidiu em Julho não avançar com qualquer acusação contra o jogador português.
Os advogados de Cristiano Ronaldo admitiram publicamente, e pela primeira vez, que o futebolista português pagou 375 mil dólares (cerca de 340 mil euros) à norte-americana Katrhyn Mayorga pela confidencialidade da queixa de violação referente a um encontro íntimo entre os dois, ocorrido em Las Vegas em Junho de 2009. A notícia é avançada pelo site noticioso norte-americano TMZ, que cita documentos apresentados em tribunal, no estado do Nevada, na sexta-feira.
“O senhor Ronaldo pagou à queixosa a quantia de 375 mil dólares e ambas as partes acordaram ficar sujeitas a obrigações explícitas de confidencialidade”, lê-se.
Nos mesmos documentos, no entanto, é reafirmada a inocência do jogador português, que sempre negou a acusação revelada publicamente em 2018, ano em que Mayorga rompeu com o acordo de confidencialidade. A referência ao pagamento dos 375 mil euros surge no âmbito da batalha legal em torno desse mesmo acordo e não traz nenhuma alteração ao processo movido contra o futebolista, reaberto em 2018, e que acabou por ser arquivado.
No final de Julho, a justiça norte-americana decidiu não avançar com qualquer acusação criminal contra Ronaldo. “Com base numa reavaliação da informação apresentada a esta data, as alegações de agressão sexual contra Cristiano Ronaldo não podem ser provadas para além da dúvida razoável. Por esse motivo, não será apresentada uma acusação”, anunciou na altura, em comunicado, a procuradoria do condado de Clark, onde se situa Las Vegas.