Quando os estudantes de hoje se deixam levar pela dança da Bauhaus

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Para comemorar o centésimo aniversário da Bauhaus, os alunos do segundo ano de Design Industrial da Escola Superior de Media Artes e Design (ESMAD) do Politécnico do Porto recriaram os icónicos figurinos que Oskar Schlemmer, um dos mais brilhantes artistas da famosa escola alemã do início do século XX, concebeu para o bailado Das Triadische Ballett.

A ideia partiu dos professores Rui Alves e Soraia Teixeira, que desafiaram depois os estudantes a encenarem a lendária fotografia que Ernst Schneider fez ao Bauhausbühne, o grupo de teatro da Bauhaus, que interpretou a peça em 1926Foi-lhes pedido que reproduzissem e interpretassem os figurinos de Schlemmer, que na altura desta escola, considerada uma referência no mundo do design, das artes plásticas e da arquitectura, foi responsável por todo o bailado – da coreografia ao guarda-roupa.

Os 20 alunos organizaram-se em pares. Um era o "modelo", outro o "costureiro", embora “ambos tenham contribuído para a construção do figurino", aproveitando "materiais de todo o tipo, como vasos", explica Soraia Teixeira, ao telefone para o P3. “O objectivo era fazer com que os alunos vivenciassem aquilo que foi a Bauhaus”, explica a responsável, acrescentando que “apesar de o ensino" esta escola "ter durado muito pouco tempo — cerca de 20 anos — ainda hoje é uma referência”, precisamente por ser um “encontro das disciplinas artísticas” — daí a importância de os alunos celebrarem e vivenciarem um pouco do ambiente que se vivia na Alemanha entre 1919 e 1933.

Como foi um trabalho realizado em 15 dias para ser entregue no final do ano lectivo, em meados de Julho, não houve tempo para fazer uma exposição das fotografias na faculdade. Contudo, os professores pretendem apresentá-las no arranque das aulas, “de forma a contar a narrativa do exercício que os alunos desenvolveram e para se celebrar, uma vez mais, os 100 anos da Bauhaus”, adianta a coordenadora. E levar a população académica a “repensar, ler e reflectir sobre o ensino”.

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Ernst Schneider