Schumacher “continua a lutar” pela recuperação, diz presidente da FIA

Há novidades sobre o resguardado estado de saúde do antigo piloto de Fórmula 1. De acordo com o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Michael Schumacher mostra sinais de recuperação e já assiste às corridas na televisão.

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A evolução do estado de saúde do heptacampeão tem sido resguardada pela família MAX ROSSI/REUTERS

A revelação é de Jean Todt:​ “Assisti à corrida [do GP da Alemanha, no último fim-de-semana de Julho], com o Michael Schumacher na sua casa na Suíça.” O número um da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e antigo chefe de equipa da Ferrari, quando Schumacher comandava os destinos dos carros do Cavallino Rampante falava à Radio Monte Carlo.​

O interesse pela corrida no sempre entusiasmante circuito de Hockenheim não era pouco. Afinal, uma das promessas actuais da modalidade é o filho do antigo piloto, Mick Schumacher, actualmente a correr na Fórmula 2, e um dos momentos altos do fim-de-semana passou por este dar umas voltas de exibição com o antigo monolugar do pai, o F2004, com o qual este foi campeão pela última vez.

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Mick Schumacher exibiu-se em Hockenheimring com o antigo monolugar do pai KAI PFAFFENBACH/REUTERS

Apesar de se ter recusado a fornecer detalhes sobre a situação, em entrevista à Radio Monte Carlo, Todt confirmou, indirectamente, aquilo que muitos especulam: que apesar de ter tido alta hospitalar, estando em casa desde finais de 2014, Michael Schumacher permanece fragilizado. “Ele já não consegue comunicar como antes.” 

Ainda assim, Todt sublinhou que “ele continua a lutar” e que “a família continua a lutar da mesma maneira” pela recuperação do heptacampeão.

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Jean Todt e Michael Schumacher, em 2001 REUTERS

Schumacher numa App

O alemão Michael Schumacher, que se celebrizou nas pistas de Fórmula 1, primeiro pela Benetton, conquistando o título em 1994 e 1995, e depois pela Scuderia Ferrari, a bordo da qual foi campeão cinco vezes consecutivas, entre 2000 e 2004, sofreu um acidente em Dezembro de 2013, enquanto esquiava fora de pista, na estância de Méribel, nos Alpes franceses. 

Na altura com 44 anos e já retirado do mundo do automobilismo, o ex-piloto embateu com a cabeça numa rocha, tendo quebrado o capacete que usava, o que resultou em lesões cerebrais graves, exigindo que fosse mantido em coma durante quase meio ano. Nove meses depois do acidente, Schumacher recebeu alta, ficando aos cuidados da família. Desde então, as informações sobre o estado de saúde do antigo automobilista têm sido escassas e, só no fim de 2018, cinco anos após o fatídico acidente, foi divulgado que o atleta já respirava sem necessitar da ajuda de aparelhos.

No início deste ano, por altura do 50.º aniversário de Michael Schumacher, a Keep Fighting Foundation, uma organização sem fins lucrativos criada pela família do piloto de Fórmula 1, lançou uma aplicação para smartphone em que leva os utilizadores numa visita guiada por um museu virtual que celebra a carreira de um dos maiores nomes da F1.

A aplicação Schumacher está disponível gratuitamente para Android e iOS e através da mesma é possível assistir a uma série de entrevistas com o alemão, onde o piloto debate questões como quais as aptidões que um condutor de F1 deverá possuir ou se ter dúvidas é positivo ou negativo para se ser bem-sucedido.

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