Emmanuel Macron vaiado por “coletes amarelos” no desfile do 14 de Julho em Paris
O tradicional desfile do Dia da Bastilha foi este ano dedicado à cooperação militar europeia.
Dezenas de “coletes amarelos” vaiaram o Presidente Emmanuel Macron quando descia a Avenida dos Campos Elísios num carro militar durante o desfile do feriado nacional de 14 de Julho.
Pelo menos dois pequenos grupos deste movimento contra a política social e fiscal do chefe de Estado manifestaram-se contra Macron, que contestaram durante meses na rua.
Todos largaram os tradicionais coletes no quarteirão patrulhado pela polícia, mas alguns agitaram balões amarelos e gritaram algumas palavras contra o Presidente.
De acordo com o jornal Le Monde, mais de 4600 soldados, 196 veículos, 237 cavalos, 69 aeronaves e 39 helicópteros foram mobilizados para o tradicional desfile. Na abertura, alguns robôs e drones do exército foram exibidos na Praça da Concórdia, antes de uma demonstração do Flyboard Air, uma plataforma voadora impulsionada por motores a jacto inventada pelo francês Franky Zapata, campeão mundial de Jet Ski francês, que pilotou a sua máquina, com uma arma na mão, várias dezenas de metros acima do solo.
Este foi o terceiro desfile do 14 de Julho para Emmanuel Macron desde a sua eleição, em Maio de 2017. A celebração realizou-se este ano sob o signo da cooperação militar europeia. “Em nenhuma altura, desde o fim da II Guerra Mundial, foi a Europa tão necessária. A construção de uma Europa de defesa, em conexão com a Aliança Atlântica, que celebra 70 anos, é para a França uma prioridade e é o fio condutor deste desfile”, disse o Emmanuel Macron citado pelo Le Monde.
Os países participantes da Iniciativa de Intervenção Europeia, programa criado sob a liderança de Macron com o objectivo de constituir “uma força de intervenção rápida para responder a crises” e que envolve “o planeamento conjunto em cenários de crise que podem ameaçar potencialmente a segurança europeia”, também foram representados no desfile. Da iniciativa fazem parte Reino Unido, Portugal, Holanda, Dinamarca, Bélgica, Estónia, Espanha, mas também a Alemanha e a Finlândia, todos representados em Paris pelo seu chefe de Estado, chefe do Governo ou ministro da Defesa. Com Lusa