Ricardo Bak Gordon e José Loureiro distinguidos com os Prémios AICA 2018

Arquitecto viu reconhecido o conjunto da sua obra; o artista foi premiado pela exposição A Vocação dos Ácaros.

José Loureiro fotografado em 2011, em Lisboa
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José Loureiro fotografado em 2011, em Lisboa Miguel Manso
Exposição de Bak Gordon no CCB, <i>Histórias Construídas</i>
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Exposição de Bak Gordon no CCB, Histórias Construídas Nuno Ferreira Santos

O arquitecto Ricardo Bak Gordon (n. Lisboa, 1967) e o artista plástico José Loureiro (n. Mangualde, 1961) foram distinguidos esta quinta-feira com os Prémios AICA, que a Associação Internacional de Críticos de Arte atribui anualmente numa parceria com o Ministério da Cultura e com o Millennium bcp.

Os prémios foram decididos na reunião do júri realizada na Sociedade Nacional de Belas Artes, presidida interinamente pelo arquitecto Ricardo Carvalho. O júri integrava ainda Celso Martins, Paulo Tormenta Pinto, Rui Mendes e Luísa Soares de Oliveira (crítica de arte do PÚBLICO).

José Loureiro foi premiado pela exposição A Vocação dos Ácaros, apresentada no ano passado na Fundação Carmona e Costa, em Lisboa. No comunicado em que anuncia os prémios, o júri realça o facto de que nesta exposição “a coerência nunca foi inimiga da surpresa”, num artista que, “há mais de trinta anos”, vem desenvolvendo “um trabalho de equilíbrio entre o desenho e a cor, o visível e o velado, que não pode ser reduzido ao discurso sobre ele”.

Já Ricardo Bak Gordon foi distinguido pelo conjunto do seu percurso e também pelo modo como “trabalha com os fundamentos da disciplina”. “O desenho manual é [para Bak Gordon] uma ferramenta primordial, e possui um valor singular e autoral”, acrescenta o júri, realçando ainda que “esta disciplina faz convergir a tradição moderna, europeia e brasileira, com o realismo do comum”. O júri destaca também, no conjunto da obra do arquitecto, o projecto da escola em Romanshorn, na Suíça, e a exposição apresentada em 2018 na Garagem Sul do CCB, com o título Building StoriesHistórias Construídas.

Os prémios AICA remontam à década de 1960 e, após um interrupção na década seguinte, passaram a ser atribuídos anualmente, a partir de 1981, por um júri independente nomeado pela secção portuguesa daquela associação internacional, em parceria com a secretaria de Estado/Ministério da Cultura. Desde 2012, contam com o patrocínio do banco Millennium bcp. Os prémios agora anunciados serão entregues em data a designar posteriormente.

Na edição do ano passado, os vencedores foram Inês Lobo, na arquitectura, e Fernanda Fragateiro, nas artes.

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