Portugal entre os dez países da UE que perderam habitantes em 2018
Feitas as contas a todos os estados-membros, a União Europeia ganhou residentes. O número de mortes já ultrapassa o total de nascimentos, mas a imigração compensa. Portugal também tem a quarta taxa de natalidade mais baixa da UE.
Portugal está a perder habitantes. Só em 2018 viviam menos 14,4 mil pessoas no país. Os números não são novos — já tinham sido avançados pelo Instituto Nacional de Estatística no mês passado — mas os dados divulgados pelo Eurostat nesta quarta-feira permitem perceber como é que Portugal se posiciona em relação aos outros Estados-membros da União Europeia (UE). E o cenário não é animador: Portugal está entre o grupo de dez países que perderam habitantes em 2018.
No topo da lista dos países que mais perderam habitantes está a Letónia, depois a Croácia, a Bulgária e a Roménia. Portugal fica em sétimo lugar. Malta, Luxemburgo, Irlanda e Chipre foram os que ganharam mais novos residentes.
Ao todo, a UE ganhou 1,1 milhão de habitantes no ano passado: são 513,5 milhões. Porém, diz o Eurostat, registaram-se mais mortes do que nascimentos. Conclusão: o aumento no número de residentes deve-se à imigração para os países da UE.
A Alemanha continua a ser o país com mais residentes na UE — são 83 milhões. Segue-se França (67 milhões), Reino Unido (66,6 milhões), Itália (60,4 milhões), Espanha (46,9 milhões) e Polónia (38 milhões).
Cinco milhões de bebés
Em 2018, nasceram cinco milhões de bebés na UE — menos 118 mil do que no ano anterior. As maiores taxas de natalidade foram registadas na Irlanda (12,5 por cada mil habitantes), Suécia (11,4), França (11,3) e Reino Unido (11).
As mais baixas taxas de natalidade por cada mil habitantes foram registadas em Itália (7,3), Espanha (7,9), Grécia (8,1), Portugal (8,5), Finlândia (8,6), Bulgária (8,9) e Croácia (9).
Quanto ao número de mortes, contaram-se 5,3 milhões no ano passado — mais 46 mil do que no ano anterior. A Irlanda (6,4), Chipre (6,6) e o Luxemburgo (7,1) são os países com as taxas de mortalidade por cada mil habitantes mais baixas.
No extremo oposto, estão a Bulgária (15,4), a Letónia (15) e a Lituânia (14,1). Em Portugal, a taxa de mortalidade fixou-se em 11 mortes por cada mil habitantes.
Apesar de, em termos globais, o total de mortes ultrapassar o número de nascimentos, ainda há 13 países onde se nasce mais do que se morre. Irlanda, Chipre e Luxemburgo estão no topo dessa lista.