Presidente da República elogia Teodora Cardoso e promete condecorá-la em breve
O Presidente da República elogiou hoje a economista Teodora Cardoso pelo “escrúpulo constante de serviço público” e “a sistemática preocupação com as finanças públicas”, referindo que nem sempre estiveram de acordo, e prometeu condecorá-la em breve.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou nesta quarta-feira, no 8.º Congresso Nacional dos Economistas, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa — numa sessão em que Teodora Cardoso, ex-presidente do Conselho das Finanças Públicas, foi premiada pela sua carreira —, que “está, pois, muito bem entregue o prémio de carreira de 2019. E Portugal, no momento devido, mas breve, testemunhar-lhe-á novamente idêntico reconhecimento, na linha da homenagem já prestada anos atrás pelo senhor Presidente Jorge Sampaio”, afirmou o chefe do Estado.
Em 2005, Jorge Sampaio condecorou Teodora Cardoso com o grau de grande-oficial da Ordem do Infante D. Henrique, que distingue quem tenha “prestado serviços relevantes a Portugal, no país e no estrangeiro”.
Logo no início da sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu “uma justa palavra à premiada de carreira deste ano”, referindo tratar-se de uma “palavra duplamente insuspeita por, como cidadão e mesmo já como Presidente da República, algumas vezes não ter podido acompanhar no tempo ou no modo a sua intervenção na vida nacional”.
“Palavra para reconhecer a dedicação de uma vida missionária, a humilde integridade, o escrúpulo constante de serviço público, a pertinaz liberdade de espírito, a sistemática preocupação com as finanças públicas, a indomável resistência física e psíquica, que se somaram a um longo e formativo percurso e a uma competente e enriquecida experiência”, acrescentou.
Antes, Teodora Cardoso declarou que quem fez dela economista foi o Banco de Portugal, onde entrou em 1973, e deixou um agradecimento especial a José da Silva Lopes, que esteve à frente dessa instituição entre 1975 e 1980.
Segundo Teodora Cardoso, é a Silva Lopes, antigo ministro das Finanças, que morreu em 2015, que “se deve realmente o incentivo à autonomia de pensamento e ao trabalho”, bem como “à capacidade de escolha e de criar e implementar soluções para os problemas”.