Tradição e subversão: o frevo do século XXI é dos corpos queer
Na exposição Faz que Vai, no Maus Hábitos, no Porto, a dupla de peso da arte contemporânea brasileira Bárbara Wagner e Benjamin de Burca mostra como os jovens periféricos e LGBTI estão a reinventar o frevo, dança tradicional do Recife, e a fazer dela uma plataforma de resistência. Paralelamente à exposição, arranca esta terça-feira uma oficina de frevogue orientada pelo bailarino e pesquisador Edson Vogue.
Depois de uma estadia de vários anos em Berlim, a artista brasileira Bárbara Wagner voltou ao Recife com o seu companheiro de vida e de trabalho, o alemão Benjamin de Burca. Estávamos no final de 2012, no primeiro mandato do governo de Dilma Rousseff, e Bárbara nunca tinha visto o Recife assim: cheio de jovens da periferia a estudar, a trabalhar e a circular no centro desta cidade do Nordeste brasileiro, capital do estado de Pernambuco. “Fiquei encantada com a temperatura dessa juventude na cidade. Havia uma classe que eu nunca tinha visto nas ruas, consumindo, em toda a minha vida no Recife”, conta ao PÚBLICO. “A gente estava num momento político, económico e social muito interessante.”
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