Elevator pitch: uma “viagem” de elevador pode ser transformadora

O intuito é apresentar o valor de uma ideia de forma sucinta, com o objectivo de conquistar o interesse e, claro, a aprovação de um possível investidor.

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Na tua opinião, quanto tempo dura uma “viagem” de elevador? Cinco minutos? Quarenta segundos? Acreditas que seja tempo suficiente para apresentar uma nova ideia de negócio a um potencial investidor, fazendo-o interessar a ponto de querer agendar uma reunião? Pode soar quase impossível, mas essa é a proposta por trás do conceito de elevator pitch. O termo anglicano significa, literalmente, “discurso de elevador.”

O intuito é apresentar o valor de uma ideia de forma sucinta, com o objectivo de conquistar o interesse e, claro, a aprovação de um possível investidor. Portugal transformou-se num hub de inovação e empreendedorismo. O ecossistema nacional fervilha com novos investimentos. No mapa da economia digital, por exemplo, Lisboa figura ao lado de capitais como Londres, Paris, Madrid e Berlim. Ou seja: saber vender uma ideia de maneira eficiente tornou-se imperativo; poderá proporcionar excelentes oportunidades de negócios – tanto no mundo físico como no online.

É fundamental ser conciso, directo e estar preparado para apresentar a proposta de valor e os benefícios da ideia em qualquer situação, seja dentro do elevador, no aeroporto ou durante um rápido café. O foco, aqui, é destacar a capacidade em gerar receita para quem investir nela. É imprescindível ter muito bem definido os objectivos do negócio, saber qual é o gancho que vai chamar atenção do potencial investidor e não perder a oportunidade de comunicar a ideia de modo assertivo, além, claro, de praticar muito o discurso.

  1. Início: Antes de vender uma ideia, é preciso ter uma. E ela precisa de ser boa, para atrair o interesse do futuro investidor. Faz um brainstorm numa folha de papel sobre como vês o teu negócio: em que mercados, segmentos e nichos queres actuar? Quem serão os clientes? E quais serão as necessidades atendidas? Estes são apenas alguns exemplos de perguntas para esta fase.
  2. Objectivos: agora que traçaste a proposta da tua ideia e o perfil do seu público-alvo, defina quais serão os objectivos, as necessidades dos possíveis clientes e o que você fará para supri-las. Desenvolva os detalhes do negócio que está sendo criado e quais soluções ele irá proporcionar. 
  3. Formato: Estrutura de forma clara e coesa as ideias e os objectivos definidos na etapa anterior. Adopta um nome para o negócio, mesmo que temporário — vai ajudar a resumir o conceito em poucas palavras. Deixa claro qual é a diferença da tua ideia e por que razão é que ela merece ser ouvida.
  4. Gancho: pode ser uma alegoria, uma anedota ou uma pergunta intrigante. O importante é criares um gancho que prenda a atenção e o interlocutor. É preciso apresentar a tua ideia em poucos minutos, então certifica-te que vais transmitir a mensagem de forma directa e assertiva. 
  5. Roteiro: Todas as ideias estão definidas, já sabes o que te diferencia e ainda tens um gancho atraente para atrair o teu investidor? Chegou o momento de criar um guião para o teu “discurso de elevador”. Escreve o que desejas comunicar, mostrando o potencial do teu negócio e lê em voz alta, de preferência cronometrando o tempo, até chegares a um discurso de até três minutos.
  6. Ensaio: Pratica, pratica, pratica e pratica! Deixa o teu discurso impecável e tem tudo memorizado – não decorado. Talvez nas primeiras vezes te percas. No momento, as palavras e a ordem das coisas provavelmente vão mudar. Tudo bem. No entanto, a prática vai proporcionar mais confiança. Acredita na tua ideia!

Agora, espera por aquela “viagem” de elevador que poderá transformar a sua vida. E sobe!

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