Nove dos 13 detidos por crimes de roubo a idosos em prisão preventiva
O grupo actuava sobretudo nos distritos de Lisboa e de Setúbal. Faziam-se passar por empregados de limpeza a mando da paróquia local ou por assistentes sociais para furtavar ouro e dinheiro na casa das vítimas.
Nove dos 13 detidos na terça-feira numa operação da GNR pela prática dos crimes de roubo e furto a idosos nos distritos de Lisboa e Setúbal ficaram em prisão preventiva, segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).
Em comunicado disponibilizado na quinta-feira na sua página da Internet, a PGDL informa que dos 13 arguidos detidos, nove ficaram em prisão preventiva e quatro sujeitos à medida de coação de apresentações diárias, “por se verificar o perigo de continuação da actividade criminosa”.
As 13 pessoas, com idades entre os 20 e os 40 anos, foram detidas terça-feira na sequência de uma operação da GNR, através da Secção de Investigação Criminal da Unidade de Intervenção, para dar cumprimento a 42 mandados de busca, dos quais 26 em residências e em veículos, e 16 mandados de detenção.
De acordo com a GNR, todos os suspeitos tinham antecedentes criminais por roubos e furtos.
Na terça-feira, o Tenente-Coronel da GNR, Carlos Almeida, explicou que este grupo actuava, sobretudo, nos distritos de Lisboa e de Setúbal (nos concelhos de Loures, Sintra e Montijo), mas há registo de assaltos a residências perpetrados por estes elementos noutras zonas do país, nomeadamente em Ponte de Lima, distrito de Viana do Castelo, e em Castelo Branco.
“Os suspeitos seleccionavam as vítimas, maioritariamente idosos vulneráveis, residentes na zona interior do país, e através de manobras de distracção entravam nas suas residências das quais furtavam ouro e dinheiro, recorrendo à violência sempre que estas ofereciam resistência”, de acordo com a GNR.
Neste processo, em investigação há cerca de dois anos, a GNR registou mais de 30 vítimas, a quem foram roubados, no total, bens de valor superior a 100 mil euros.
Nestas manobras de distracção, segundo a GNR, os elementos do grupo faziam-se passar por empregados de limpeza a mando da paróquia local ou por assistentes sociais do centro de saúde para auxiliar os idosos a tomar a medicação e solicitavam papel e caneta para deixar um recado a vizinhos. Houve ainda casos em que solicitavam um copo de água, alegando que um deles se sentia mal.
“Para não serem detectados, alternavam, com muita frequência, de viaturas de aluguer de curta duração nos seus deslocamentos ao longo de todo o território nacional”, segundo a GNR.
A operação envolveu 275 elementos das forças de segurança, entre militares da GNR, nomeadamente da Unidade de Intervenção, da Direcção de Investigação Criminal, do Grupo de Intervenção de Ordem Pública e dos Comandos Territoriais de Leiria, Lisboa, Santarém e Setúbal, e elementos da Polícia de Segurança Pública.