GNR detém falsos assistentes sociais
Em causa está um grupo que assaltava idosos. Estão a ser feitas buscas na zona de Lisboa e na Margem Sul do Tejo. Já foram detidas 13 pessoas.
A GNR lançou, esta terça-feira, uma megaoperação que visou por fim a um grupo que levou a cabo vários assaltos, nomeadamente a pessoas idosas, fazendo-se passar por assistentes sociais.
Segundo fonte da GNR, no âmbito das buscas já foram feitas detenções na zona de Lisboa e na Margem Sul do Tejo.
Em comunicado, a GNR informou que, através da Secção de Investigação Criminal da Unidade de Intervenção, “está a desencadear uma operação policial na área metropolitana de Lisboa e Setúbal, dando cumprimento a 42 mandados, dos quais 26 em residências e em veículos, e 16 de detenção, tendo sido, até ao momento, detidas 13 pessoas, pela prática de crimes de furto e roubo, ao longo de todo o território nacional”.
De acordo com o mesmo comunicado, “os suspeitos seleccionavam as vítimas, maioritariamente idosos vulneráveis, residentes na zona interior do país, e através de manobras de distracção entravam nas suas residências das quais furtavam ouro e dinheiro, recorrendo à violência sempre que estas ofereciam resistência”.
Manobras de distracção
A GNR neste processo, em investigação há cerca de dois anos, registou mais de 30 vítimas, tendo-lhes sido subtraídos bens num valor superior a 100 mil euros.
Como manobras de distracção, os suspeitos faziam-se passar por empregadas de limpeza a mando da paróquia local e por assistentes sociais do centro de saúde para auxiliar os idosos a tomar a medicação. Solicitavam papel e caneta para deixar um recado a vizinhos e, por vezes, pediam um copo de água porque se sentiam mal. Para não serem detectados, alternavam, com muita frequência, de viaturas de aluguer de curta duração, nos seus deslocamentos ao longo de todo o território nacional.
Os detidos serão presentes, no dia 27 de Junho, ao Tribunal Judicial de Sintra para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coação.
A operação envolve 275 elementos das Forças de Segurança, entre militares da GNR, nomeadamente da Unidade de Intervenção, da Direcção de Investigação Criminal, do Grupo de Intervenção de Ordem Pública e dos Comandos Territoriais de Leiria, Lisboa, Santarém e Setúbal, e elementos da Polícia de Segurança Pública.
Ainda estão a decorrer diligências.