Municípios manifestam “total confiança” no serviço do Hospital de Vila Franca de Xira
Presidentes das câmaras da área de influência da unidade de Vila Franca de Xira dizem que falta de condições não corresponde à realidade.
Os municípios servidos pelo Hospital de Vila Franca de Xira (HVFX) manifestaram esta segunda-feira “total confiança” no funcionamento e nos profissionais desta unidade de saúde, afirmando que a resposta que este equipamento tem dado às populações é muito positiva.
“Não corresponde à realidade o que tem sido noticiado sobre as condições de internamento de utentes, representando essas campanhas de desinformação uma tentativa de denegrir a imagem desta unidade de saúde”, defendem os presidentes das cinco Câmaras Municipais da área de influência do HVFX, designadamente Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Benavente e Vila Franca de Xira, num comunicado conjunto.
Na sequência da decisão da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT), anunciada a 1 de Junho, de não renovação do contrato de gestão da actual Parceria Público-Privada (PPP) no HVFX, os autarcas criticam a forma como têm sido retratados na comunicação social, nas últimas semanas, os serviços prestados à população.
“Esta tentativa de prejudicar a imagem desta unidade hospitalar pública, gerida através de um modelo de parceria com gestão privada que tem sido classificada entre as melhores do Serviço Nacional de Saúde (SNS), produz junto das populações inquietações que em nada beneficiam a tranquilidade exigida aos serviços de saúde e o respeito pelos seus profissionais”, lê-se no comunicado conjunto, assinado pelo presidente da Câmara de Alenquer, Pedro Folgado (PS), pelo presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos, André Rijo (PS), pelo presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa (PS), pelo presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho (CDU), e pelo presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS).
Preocupados em tranquilizar as populações servidas pelo HVFX, os autarcas entendem ser necessário esclarecer a opinião pública de que “a resposta que o hospital tem dado às populações é muito positiva e que os munícipes estão satisfeitos com os cuidados de saúde prestados”, lembrando que esta unidade de saúde tem vindo a ser “reconhecida por diversas entidades como um dos melhores do país”.
Na perspectiva dos autarcas, as distinções que o hospital tem recebido “contribuem para o aumento da procura registada e acentuam a necessidade de ampliar esta unidade, uma realidade há muito conhecida das autoridades e para a qual têm sido apresentadas alternativas pelo hospital para aumentar a capacidade de internamento e servir a população que a ele recorre”.
Acompanhando de forma próxima a realidade desta unidade de saúde e as pessoas que a procuram, as Câmaras Municipais da área de influência do HVFX destacam os ganhos verificados a diversos níveis em relação ao antigo hospital, “desde o aumento do número de especialidades disponíveis à melhoria generalizada da qualidade dos cuidados prestados”.
Neste sentido, os autarcas consideram que “é fundamental analisar esta matéria do ponto de vista do padrão da qualidade dos serviços prestados à população, exortando o Governo a tomar as necessárias medidas, tendentes à ampliação das instalações do hospital, permitindo o reforço da oferta de especialidades médicas, de modo a melhorar a qualidade, já elevada, dos cuidados de saúde hospitalares prestados às nossas populações”.
O hospital HVFX é gerido, em regime de PPP pela Escala Vila Franca Sociedade Gestora do Estabelecimento, cujo principal accionista é o grupo José de Mello Saúde.
O contrato de vigência desta PPP termina a 31 de Maio de 2021 e estava em causa a sua renovação por 10 anos, acrescentou a ARS-LVT.
A ARS-LVT realça que foi “proposta à entidade gestora do HVFX a possibilidade de o contrato ser renovado por um período não superior a 24 meses, prorrogável por 12 meses, de forma a garantir a implementação das decisões que venham a ser tomadas”.
Numa curta nota enviada à agência Lusa, a José de Mello Saúde refere que “irá avaliar o pedido do Estado para o prolongamento do contrato por dois a três anos”.