Deepfakes: A tua cara não me é estranha
A tecnologia dos deepfakes, vídeos digitalmente alterados com recurso a inteligência artificial, avança a passos largos para a perfeição e também para a democratização, com ferramentas de edição cada vez mais acessíveis. E com ela surgem novos riscos políticos e sociais na era da desinformação.
Um vídeo em que o primeiro-ministro admite ter recebido subornos, causando uma revolta popular. Outro em que o Presidente da República diz que está demasiado doente para se recandidatar ao cargo, levando os eleitores a votarem noutro candidato. Outro ainda em que o mais destacado jogador de um clube de futebol diz que foi pago para falhar golos, lançando a confusão entre os adeptos. Três vídeos de aspecto tão real que se espalhariam sem surpresa através das redes sociais e de alguma imprensa, que teriam consequências reais para além delas, mas que afinal não passavam de sofisticadíssimas manipulações digitais, muito mais convincentes do que as habituais montagens que circulam na Internet.
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