Com “o reforço do islamismo”, a libertação sexual em Marrocos faz-se às escondidas
Abdessamad Dialmy, sociólogo marroquino especialista em género e sexualidade, diz que, apesar de o islamismo proibir o sexo fora do casamento, as mulheres exploram a sua sexualidade num enorme secretismo e “sem romper o hímen”.
Aos 23 anos, Abdessamad Dialmy leu um livro, apercebeu-se que a sua vida era um erro, e pediu o divórcio. “Foi o início da minha revolução”, garante. O desassossego foi ganhando espaço enquanto o marroquino procurava perceber por que razão a liberdade sexual não passava de um sonho, principalmente para as mulheres do seu país. Foi à procura de respostas que se tornou num dos pioneiros nos estudos da sociologia da sexualidade e na relação entre o islão, sexualidade e feminismo. Mais de 40 anos depois, Dialmy, professor na Universidade Mohammed V, sociólogo e feminista, investiga, agora, como a sexualidade em Marrocos se divide entre a liberalização das práticas e a rigidez das normas.
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