Os ministros das Finanças e os responsáveis dos bancos centrais do G20 prometeram este domingo, no Japão, “redobrar os esforços” para reformar a taxação de gigantes digitais como a Google e o Facebook, criticados por suas práticas de optimização fiscal.

O objectivo é chegar a um acordo final “até 2020”, para obter uma taxação mais justa, segundo o texto do comunicado final consultado pela agência de notícias francesa AFP, um avanço possibilitado pela mudança de atitude dos Estados Unidos, que bloqueava as negociações há anos.

A ideia é de taxar o Facebook, a Google e outras multinacionais digitais não de acordo com a presença física, onde estão os seus escritórios, mas nos locais onde estas empresas declaram os seus rendimentos. No entanto, as diferenças permanecem fortes quanto aos meios de aplicação e Washington favorece uma abordagem muito mais ampla, não limitada ao sector digital.

Os ministros das Finanças do G20 enfatizaram também os “riscos” que pesam sobre o crescimento global à medida que “as tensões comerciais se intensificam”, de acordo com o comunicado. Vários participantes relataram “discussões complicadas” durante a redacção do texto, devido a diferenças entre os Estados Unidos e outros membros.

“O crescimento global parece estar a estabilizar-se (…), mas permanece fraco e os riscos de uma deterioração continuam. Principalmente, as tensões comerciais e geopolíticas, que se intensificaram”, de acordo com o documento, que inclui 14 pontos, que foram objecto das discussões realizadas nesta reunião.

Os ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G20 estiveram reunidos este fim-de-semana em Fukuoka, no sudoeste do Japão.