Francisco Andrade a um lugar do pódio no Europeu de Moth
O velejador italiano Francesco Bruni ganhou a prova masculina que decorreu em Lagos, enquanto a alemã Franziska Mage venceu entre as senhoras.
O velejador italiano Francesco Bruni sagrou-se neste fim-de-semana campeão europeu de Moth, uma das classes mais rápidas e exigentes tecnicamente da vela moderna: os monocascos com foils, de cerca de 27 kg, podem atingir os 60 km/h. Na prova que decorreu na baía de Lagos, o português Francisco Andrade terminou num prestigiante quarto lugar. A alemã Franziska Mage venceu entre as senhoras.
As atípicas condições climatéricas no Algarve durante a última semana apenas permitiram que fossem disputadas quatro regatas, mas como referiu no final da competição Francesco Bruni, “regras são regras” e o italiano juntou em Portugal o título Europeu ao de vice-campeão Mundial de Moth, conquistado no ano passado na ilha de Bermuda.
Considerado um dos mais completos e eclécticos velejadores italianos, Bruni já tinha no currículo sete Mundiais, cinco europeus e 15 campeonatos italianos em diferentes classes, tendo ainda marcado presença em três Jogos Olímpicos. Bruni é também o skipper da equipa italiano Luna Rossa, tendo participado em várias edições da America´s Cup.
No final, o novo campeão europeu de Moth elogiou a organização do Clube de Vela de Lagos – “as pessoas, o clube e a cidade são fantásticos” -, apesar das dificuldades colocadas pela meteorologia.
Já Francisco Andrade, do Clube de Vela de Viana do Castelo, referiu que “acabar em quarto é um objectivo cumprido”. O velejador olímpico – 11.º em 2008 e 8.º em 2012 na classe 49er -, elogiou o palco do Europeu - “Lagos é, sem dúvida, uma das capitais para fazer regatas em foil – e juntou o 4.º lugar no Europeu à 19.ª posição alcançada no Mundial de 2018.
No sector feminino senhoras, a germânica Franziska Mage destacou o arranque da prova, “um dia espectacular de regatas com condições perfeitas”, enquanto do lado da organização, Martinho Fortunato, Comodoro do Clube de Vela de Lagos, agradeceu a todos os elementos da organização e desejou que os velejadores, “apesar do azar com as condições, queiram regressar a Lagos”.