Portugal perdulário está fora do Mundial sub-20
Selecção nacional empatou na última jornada da fase de grupos e falhou apuramento para os oitavos-de-final.
O filme do encontro com a África do Sul não foi muito distinto dos dois anteriores no Mundial sub-20, que decorre na Polónia, e Portugal está fora da competição. O empate (1-1) na terceira jornada do Grupo F deixou a selecção nacional no terceiro lugar e apenas com quatro pontos, impedindo sequer que entrasse no lote dos quatro melhores terceiros que ainda se qualificaram para os oitavos-de-final.
Foi um arranque de jogo promissor para a selecção nacional, no Estádio Municipal de Bielsko-Biala. Com Rafael Leão no eixo do ataque, com Trincão nas costas e Nuno Santos e Jota mais descaídos sobre os flancos, Portugal foi criando dificuldades à África do Sul, através de constantes trocas posicionais. E, mesmo sem acelerar muito o ritmo, chegou ao golo aos 19': combinação pela direita, cruzamento para a área e Rafael Leão, com classe, recebeu de costas e finalizou.
Antes, Portugal já tinha tido uma hipótese soberana para inaugurar o marcador, desperdiçada por Trincão (cabeceamento à figura), e depois repetiu a dose, com Jota a atirar para as mãos do guarda-redes na sequência de uma assistência de Rafael Leão. O desperdício de que o seleccionador Hélio Sousa se queixara na véspera, vinha de novo ao de cima.
Foi sobretudo por causa dessa ineficácia na finalização (ainda na primeira parte, Rafael Leão surgiu isolado e permitiu a defesa de Kubheka) que Portugal não chegou mais confortável ao intervalo. E foi por isso que se viu em apuros quando, na sequência de uma revisão do lance, o árbitro assinalou grande penalidade a favor dos sul-africanos, por mão na bola: Monyane aproveitou e fez o empate (1-1).
O critério da equipa de arbitragem manteve-se quando foi necessário analisar um lance semelhante na área sul-africana. A diferença é que Jota, da marca dos 11 metros, permitiu a defesa de Kubheka e acentuou o nervosismo da equipa portuguesa, que mais tarde viu a bola embater no ferro após um cabeceamento de Diogo Queirós.
Hélio Sousa retirou então Nuno Santos para lançar Pedro Martelo e de seguida apostou em Pedro Neto, mas Portugal construía já sem critério e à base de bolas longas, facilitando a vida a um adversário que durante a partida mostrou sérias lacunas defensivas. A África do Sul, confortável com o empate, passou a jogar com o relógio e a selecção nacional viu esgotar-se o tempo e a possibilidade de continuar em prova.