Renault vai estudar fusão com a Fiat
A Fiat propôs nesta segunda-feira um plano de fusão com a francesa Renault, para criar o terceiro maior fabricante automóvel do mundo.
A construtora automóvel Renault vai estudar a proposta para uma eventual fusão com a Fiat e “no momento oportuno” anunciará a sua decisão. No final de uma reunião que decorreu nesta segunda-feira de manhã, o conselho de administração da empresa francesa anunciou que vai avaliar o plano de fusão apresentado pela Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e que permitiria criar o terceiro maior fabricante automóvel do mundo.
“Depois da análise dos termos da proposta da FCA, o conselho de administração da Renault decidiu pelo interesse de estudar a oportunidade da mesma em função do reforço do aparelho industrial do grupo Renault e geradora de valor para a Aliança [que a empresa tem com as construtoras japonesas Nissan e Mitsubishi]”, lê-se num comunicado divulgado ao final da manhã pela Renault.
No mesmo comunicado, a empresa diz que no “momento oportuno” serão dadas informações adicionais “para informar o mercado do resultado destas discussões e de acordo com as leis e regulamentos aplicáveis”.
O conselho de administração da Fiat formalizou nesta segunda-feira uma proposta de fusão com a Renault, com o intuito de criar uma nova empresa, sediada na Holanda, em que ambos os construtores detenham partes iguais do capital (50%). A proposta prevê ainda que o grupo seja cotado nas bolsas de Paris, Nova Iorque e Milão.
De acordo com a Fiat, a fusão permitiria criar o terceiro maior fabricante global de automóveis, com vendas anuais de 8,7 milhões de veículos e uma “forte presença em regiões e segmentos importantes”. A fusão não resultará em qualquer encerramento de fábricas de produção, assegura ainda a empresa italo-americana, que antecipa sinergias adicionais de cinco mil milhões de euros.
Esta segunda-feira, em Paris, as acções da Renault chegaram a valorizar 15%, atingindo 57,48 euros durante a sessão. Em Milão, os títulos da Fiat-Chrysler atingiram o máximo de 12,75 euros, chegando a avançar 11,3% face ao fecho de sexta-feira. A sessão terminou, contudo, com ganhos menores, de 12,09% para a francesa e de 7,98% para a cotada italiana.