Estudantes pedem mais polícia no Pólo da Asprela

Vaga de assaltos deixa comunidade estudantil revoltada. É preciso mais polícia e de forma permanente

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Rita Franca

Henrique Coelho foi o porta-voz da comunidade estudantil, revoltada com a “preocupante vaga de assaltos” no pólo universitário da Asprela, no Porto. Na reunião de câmara, pediu a Rui Moreira uma atenção especial ao assunto e sugeriu o policiamento da zona, “não só durante a vaga, mas também depois dela”.

O clima de medo, já antes noticiado, já está no alerta da Câmara do Porto. Rui Moreira recordou que há três anos se viveu um cenário de assaltos semelhante e que, na altura, a PSP acabou por deter os assaltantes. Reforçando não ser uma competência camarária, Moreira disse já ter mostrado disponibilidade para fornecer automóveis da Polícia Municipal para a PSP fazer “policiamento de proximidade, indispensável para resolver esse problema”.

Também a construção do Parque Central da Asprela, num terreno abandonado junto à Faculdade de Desporto, poderá diminuir a insegurança e controlar o problema. Mas muito mais poderia ser feito. Palavra a Rui Moreira: “Gostávamos de ter instrumentos de vídeo-vigilância na cidade. Continuamos a não compreender as posições sobre essa matéria que poderiam ajudar as forças policias, mas, não havendo, tem de haver reforço do policiamento”, afirmou, lamentando que a Comissão Nacional de Protecção de Dados não esteja disponível para agir antes de haver “um acto grave ou um atentado”.

Há semanas, a PSP deteve dois jovens, de 22 e 24 anos, quando estes encaminhavam, sob ameaça de arma branca, um estudante para uma caixa multibanco. Os suspeitos tiveram medidas de coação de prisão domiciliária, um deles com recurso a pulseira electrónica o outro com apresentações diárias junto de departamento policial.

À Lusa, a PSP disse que foi feita uma parceria formal com a Federação Académica do Porto, dirigida à segurança dos estudantes, com reuniões periódicas entre a polícia e a entidade que os representa. Preocupados com a situação, os estudantes têm-se mobilizado, denunciando a situação junto da comunicação e nas redes sociais. Ao PÚBLICO, chegaram há semanas relatos de três assaltos consumados e de três tentativas, às quais os alunos haviam conseguido escapar. No Facebook, foi criado um grupo para debater a questão da insegurança no pólo da Asprela e particularmente junto à Faculdade de Engenharia.  

O próximo Conselho Municipal da Juventude vai debater este assunto e a Câmara do Porto está também em contacto com a Federação Académica do Porto. Manuel Pizarro, vereador do Partido Socialista, sugeriu que se fizesse também um Conselho Municipal de Segurança dedicado ao tema.

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