Exames de ADN aos restos mortais de Jonas Savimbi estão concluídos

UNITA quer realizar uma cerimónia fúnebre ao seu líder histórico na terra natal de Savimbi.

Foto
Jonas Savimbi com Nelson Mandela, em 1997 WALTER DHLADHLA/EPA

A UNITA anunciou esta quinta-feira que já têm os resultados dos testes de ADN que pediu para confirmar que os restos mortais que pretende trasladar para a sua aldeia natal de Lopitanga, município do Andulo, província do Bié, são mesmo do líder fundador do maior partido da oposição angolana.

Em comunicado, a presidência da UNITA diz que já estão prontas análises feitas por especialistas forenses sul-africanos. As amostras de material genético foram colhidas em Janeiro, nas ossadas que estavam na campa onde foi enterrado Jonas Savimbi em 2002, depois de ter sido morto pelo exército angolano.

A UNITA teve autorização para exumar o corpo do cemitério do Luena, capital do Moxico, com o objectivo de fazer uma cerimónia fúnebre ao seu fundador e líder histórico. Mas pretendia confirmar a identidade do corpo, e para isso foi necessário fazer os testes de ADN, usando como referência familiares de Jonas Savimbi.

Segundo o comunicado, lido pelo porta-voz da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Alcides Sakala, os resultados serão conhecidos e tornados públicos “brevemente, depois de cumpridas formalidades próprias a observar com as autoridades governamentais angolanas”. O anúncio dos resultados contará com a presença dos especialistas sul-africanos, que deverão chegar a Luanda “a qualquer momento”.

As exéquias de Jonas Savimbi tinham inicialmente sido marcadas para o dia 6 de Abril, mas devido a atrasos nos resultados das análises de ADN foram adiadas. Agora, a UNITA gostaria que se realizassem a 25 de Maio – dia de África.

Além dos exames da UNITA, realizados por especialistas sul-africanos, também o Governo angolano realizou os seus a duas instituições, uma portuguesa e outra angolana, devendo posteriormente ser feito o cruzamento de dados.

O Governo angolano garantiu no início de Janeiro estarem criadas as condições para a exumação dos restos mortais de Jonas Savimbi, mas avisou que o funeral não terá honras de Estado, uma vez que o antigo presidente da UNITA “não pertencia à família governamental quando faleceu.”

O posicionamento do Governo, segundo Rafael Massanga Savimbi, filho de Jonas Savimbi, não preocupa “a família e muito menos a direcção do partido” porque, observou, o pai “não é reconhecido por decretos”.

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