Cientistas portugueses recebem mais 300 mil euros do Conselho Europeu de Investigação
João Barata e Rui Reis receberam 150 mil (cada um) para projectos relacionados com a leucemia e feridas na pele.
Dois investigadores portugueses receberam financiamentos no valor de 300 mil euros para projectos na área do combate à leucemia e à recuperação de feridas na pele, atribuídos pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC, na sigla em inglês). Os financiamentos para provas de conceito (proof of concept), onde se incluem estes trabalhos, premiaram ao todo 54 projectos, cabendo 150 mil euros a cada um, anunciou esta quinta-feira o ERC.
O projecto do investigador João Barata, do Instituto de Medicina Molecular (IMM) João Lobo Antunes (em Lisboa), é uma terapia dirigida contra cancros do sangue agressivos, como a leucemia linfoblástica aguda de linfócitos T, que afecta principalmente crianças.
Segundo um comunicado do IMM, este “crescimento anormal de células do sistema imunitário” é tratado eficazmente em 80 % dos casos infantis, mas, mesmo quando resulta, tem “efeitos colaterais a longo prazo”, como tendência para obesidade, problemas de coração e atraso no crescimento.
A terapia de João Barata concentra-se em criar medicamentos específicos que reconhecem uma molécula identificada neste tipo de cancros e atrasa o desenvolvimento de tumores.
O projecto de Rui Reis, da Universidade do Minho, também recebeu 150 mil euros para desenvolver faixas de hidrogel que são capazes de lançar na pele biomoléculas, em alturas controladas, para ajudar na recuperação de feridas.