Dono do BPI salienta crescimento “muito positivo” da filial portuguesa

O presidente executivo do CaixaBank sublinhou hoje em Valência o crescimento “muito positivo” da filial portuguesa, o BPI, que contribuiu com 58 milhões de euros para o lucro do grupo espanhol no primeiro trimestre de 2019.

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LUSA/Kai Foersterling

“O crescimento teve lugar num trimestre em que, tanto no crédito ao consumo, como no crédito às empresas e em fundos de investimento, [o BPI] teve quotas mais baixas do que as que tem o CaixaBank em Espanha, mas que são muito relevantes”, disse Gonzalo Gortázar na conferência de imprensa em que apresentou os resultados do grupo bancário.

O CaixaBank teve lucros de 533 milhões de euros no primeiro trimestre de 2019, uma diminuição de 24,3% em relação ao mesmo período de 2017, com o BPI a contribuir com 58 milhões para os resultados do grupo.

Na informação que transmitiu hoje ao mercado o accionista maioritário do BPI explica que sem uma série de “impactos extraordinários” o resultado do trimestre teria crescido 4,3%.

A diferença é imputada à “não atribuição” dos resultados da Repsol e do BFA (Banco do Fomento de Angola), respectivamente 63 e 76 milhões de euros, assim como à revalorização, em 2018, da participação do BPI na Viacer, de 54 milhões de euros.

Gonzalo Gortázar também realçou a posição financeira “muito sólida” do BPI que permitiu à filial portuguesa transferir dividendos, pela primeira vez nos últimos nove anos, de 140 milhões de euros, referentes ao exercício de 2018, cerca de 30% dos seus resultados nesse ano.

“O BPI está numa posição financeira muito sólida, muito solvente, depois de uma situação em que Portugal e o sector financeiro atravessaram momentos difíceis”, afirmou o presidente executivo do CaixaBank.

Nos primeiros três meses do ano, os recursos dos clientes do banco espanhol cresceram para 369.463 milhões de euros (10.981 milhões de euros, +3,1%), enquanto os activos geridos aumentaram 3,7%, para 97.454 milhões de euros.

A contribuição para os resultados do negócio bancário foi de 415 milhões de euros, com uma rentabilidade (ROTE), excluindo os aspectos singulares, de 9,9%.

A contribuição das empresas participadas alcança os 60 milhões de euros, a que se acrescentam os 58 milhões do BPI.

O rácio de crédito malparado é reduzido para 4,6% (-13 pontos básicos) e o grupo alcança um rácio ‘Common Equity Tier 1’ de 11,6%.

Os resultados trimestrais do BPI vão ser apresentados na quinta-feira em Lisboa.