FC Porto faz história: é campeão europeu sub-19
Nunca uma equipa portuguesa tinha conseguido este feito. Cortesia de Fábio Vieira, Diogo Queirós e Afonso Sousa, autores dos golos portistas frente ao Chelsea.
Barcelona, Chelsea, RB Salzburgo e agora FC Porto. Estes são os únicos clubes que podem gabar-se de deterem o troféu da UEFA Youth League. No seguimento de uma grande campanha europeia, os “dragões” fecharam nesta segunda-feira o capítulo decisivo com um triunfo convincente sobre o Chelsea (3-1), em Nyon, garantindo ao futebol português a primeira “Liga dos Campeões” do escalão sub-19.
Na Suíça, no Centro Desportivo Colovray, os muitos adeptos do FC Porto começaram a tarde com sustos, ao verem os londrinos (que ganharam a competição em 2015 e 2016) falharem duas claras oportunidades de golo, ainda antes dos dez minutos de jogo: dois cruzamentos atrasados resultaram dois remates sem direcção, por cima da baliza.
Pouco depois, a equipa treinada por Mário Silva imitou a lógica dos falhanços: Fábio Silva ultrapassou o guarda-redes do Chelsea e, de baliza aberta, rematou fraco de pé esquerdo, permitindo o corte da defesa inglesa, em cima da linha.
O FC Porto estava perto do golo e, aos 18’, foi além da ameaça: Ángel Torres apareceu com espaço no corredor direito, acelerou, pensou, mediu e fez um cruzamento perfeito para Fábio Vieira encostar ao segundo poste, sem dificuldade.
A equipa portuguesa ia para os balneários na frente do marcador, mas o intervalo fez bem ao Chelsea, que entrou na segunda parte outra vez com grande intensidade. Desta feita, porém, foi mais eficaz na finalização: Redan (quinto golo em oito jogos) aproveitou a má saída de Diogo Costa e marcou de cabeça, aos 53’.
A reacção do FC Porto não se fez esperar. Dois minutos depois, o central Diogo Queirós avisou, primeiro, e marcou, de seguida. Após um canto, o capitão dos “azuis e brancos” envolveu-se numa “luta de ressaltos” com o guarda-redes do Chelsea e viu a bola acabar, de forma bizarra, por entrar na baliza, após bater no joelho do jogador português.
O Chelsea era obrigado a arriscar e os “dragões”, sempre mais capazes de activarem as transições ofensivas rápidas, chegaram ao 3-1 aos 75’. Na sequência de uma combinação com Romário Baró, que incluiu um toque de calcanhar pelo meio, Afonso Sousa “matou” a final com o melhor golo da tarde.
Depois, foi controlar o jogo com bola e controlar os nervos no banco, onde os suplentes e o staff aguardavam impacientemente pelo apito final. “É uma vitória de um plantel, de uma estrutura, de um clube. Estamos de parabéns porque fomos os primeiros em Portugal a consegui-lo. Muitas vezes duvida-se da nossa formação e aqui está a prova de que está bem viva”, referiu ao Porto Canal Mário Silva, treinador do novo campeão europeu.