China: estás aqui, estás em Marte

REUTERS/Thomas Peter
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Em pleno deserto de Gobi, na China, brotou do árido solo uma base de simulação de Marte. A infra-estrutura, composta por vários módulos interconectados — incluindo uma estufa de criação de vegetais sem solo e uma câmara de descompressão faz-de-conta — ocupa a área de um campo de futebol americano (aproximadamente, 90 por 50 metros) e é, por ora, apenas uma atracção turística. No futuro será convertida numa base de simulação “real”, como aquela que existe nos EUA onde a fotógrafa Cassandra Klos desenvolveu o projecto Mars on Earth, onde se vão fazer experiências de adaptação dos astronautas à vida em condições semelhantes às do planeta vermelho.

Após a aterragem do módulo Chang’e-4 no lado oculto da Lua, no início de 2019, cresceu entre os chineses um enorme entusiasmo pelo tema da exploração espacial. O sucesso da missão, diz a Reuters, “abriu o apetite do público para a ciência e para a ficção científica”, motivo por que muitos chineses desejam que o país se torne, num futuro próximo, uma superpotência espacial “de olhos postos em Marte”. Foi neste contexto que o complexo Mars Base 1 Camp abriu portas, no dia 17 de Fevereiro. Os primeiros visitantes, cerca de cem adolescentes, fizeram uma visita guiada de cinco horas através da estrutura que foi concebida, em conjunto, pelo governo local da região de Gansu, pelo Centro de Astronautas da China e por uma empresa de comunicação privada. “Estou muito entusiasmado por estar aqui”, disse à agência noticiosa um estudante de 13 anos que esteve na inauguração. “Vimos um monólito, uma cratera e uma gruta. É ainda melhor do que como imaginava Marte.”

O governo local espera, com o parque, fomentar o interesse turístico na região e atrair, até 2030, cerca de dois milhões de visitantes. Este não é o único parque temático dedicado a Marte no país. Em Qinghai, no Tibete, foi inaugurada em Março a primeira “aldeia” marciana. E esta semana demos mais um passo rumo ao planeta vermelho: uma sonda da NASA terá detectado pela primeira vez um sismo. Quem não quer ouvir o som?

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