Turistas obrigados a fugir de onda gigante causada por colapso de glaciar na Islândia

O fenómeno aconteceu no momento em que várias visitas guiadas tinham lugar junto ao Lago Glaciar de Jökulsárlón, na costa sul da Islândia.

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Reuters/INGOLFUR JULIUSSON

Um grupo de turistas que visitava o glaciar Breiðamerkurjökull, na Islândia, foi obrigado a fugir da zona depois de uma parte do glaciar colapsar, dando origem a uma onde gigante que se dirigiu para o local de onde os visitantes observam o fenómeno.

O momento foi capturado pela lente de um guia turístico local e tornou-se viral nos últimos dias. Stephan Mantler, co-proprietário da agência de visitas turísticas guiadas Háfjall, foi quem publicou o vídeo do acontecimento que esta terça-feira já atingiu mais de 250 mil visualizações e que já foi divulgado por meios de comunicação social internacionais. 

Segundo o que conta Mantler na sua publicação, tudo aconteceu quando estava a fazer uma visita guiada ao glaciar que fica junto ao Lago Glaciar de Jökulsárlón, na costa sul da Islândia. Alguns dos outros visitantes que aparecem no vídeo estavam integrados noutras tours.

Na resposta a um comentário que o questionava sobre a segurança dos turistas, o guia local diz que quem visita aquele local está sempre informado sobre como proceder em caso de colapso glaciar. “Toda a gente que desce para junto do glaciar é informado pelos seus guias, mas este foi excepcionalmente grande e próximo, o que o tornou mais perigoso do que o habitual”, explica.

O vídeo que mostra o momento da derrocada e várias pessoas a fugir do local e em direcção ao sítio onde o vídeo é gravado foi também partilhado pela página da empresa. Nos comentários, um cidadão afirma ser um dos turistas que aparecem a fugir da onda no vídeo. “Antes do colapso, o nosso guia disse que quando ouvíssemos um “Boom! Boom! Boom! Para corrermos, corrermos, corrermos. Obrigado ao nosso guia por salvar as nossas vidas”, lê-se no comentário.

Ainda nos comentários ao vídeo, a empresa explica que este fenómeno é mais comum neste glaciar do que noutros espalhados pela Islândia. “Jökulsárlón está ligado ao oceano [Atlântico Norte], por isso existem correntes a ir e a vir, o que aumenta a probabilidade de derrocada. [Conseguir assistir ao fenómeno] também depende da altura do ano, do tempo, e requer sempre paciência, e sorte”, escreve o guia.

Além das correntes do oceano, este fenómeno pode também estar relacionado com as alterações climáticas — 2018 foi o quarto ano mais quente desde que há registos e artigos científicos publicados na revista Nature alertaram recentemente para as consequências do degelo na Antárctida e na Gronelândia até ao final do século.

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