Gestão portista fez o Sp. Braga acreditar, mas a final é do FC Porto

Num jogo em que os “dragões” se limitaram a gerir a vantagem de três golos, os bracarenses sonharam com a reviravolta, mas o golo de Danilo acabou com as dúvidas de quem seria o finalista da Taça de Portugal.

Danilo, o autor do golo do FC Porto em Braga
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Danilo, o autor do golo do FC Porto em Braga LUSA/HUGO DELGADO
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Paulinho LUSA/JOSE COELHO
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O lance do golo de Danilo LUSA/HUGO DELGADO
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Lance do jogo entre Sp. Braga e FC Porto LUSA/JOSE COELHO
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Jogadores do FC Porto festejam o golo em Braga LUSA/HUGO DELGADO

Houve erros a mais e “nervo” a menos por parte do FC Porto, mas no fim dos 90 minutos Sérgio Conceição garantiu o fundamental: a 25 de Maio, os “dragões” vão estar na final da 79.ª edição da Taça de Portugal. Após vencer por 3-0 na primeira mão da meia-final, o treinador portista deu folga a muitos dos habituais titulares e, durante 74 minutos, o Sp. Braga acreditou que podia conseguir uma “noite épica”. Os bracarenses foram melhores e colocaram-se em vantagem por Paulinho antes do intervalo, mas Danilo, na primeira oportunidade do FC Porto, fez o empate (1-1) e acabou com as dúvidas.

Sem tempo para respirar neste início de Abril (quatro jogos em 11 dias), Sérgio Conceição não surpreendeu e abdicou de sete dos titulares do confronto em Braga, no sábado. Mas o técnico “azul-e-branco” precaveu-se. Num jogo em que os “dragões” podiam dar-se ao luxo de deixar que os minhotos ficassem com as “despesas ofensivas”, Conceição não abdicou do pilar defensivo da equipa: Militão e Felipe foram os centrais; Danilo jogou à frente da defesa. Já Pepe e Herrera, que na próxima semana não podem jogar em Liverpool por castigo, nem no banco de suplentes se sentiram.

Se a vantagem de três golos dava a Conceição margem para gerir com risco, a Abel Ferreira só restava arriscar e esperar por uma “noite épica”, como tinha dito. Após sofrer no fim-de-semana a terceira derrota esta temporada contra o FC Porto, a Taça era a última hipótese do Sp. Braga conquistar algo importante esta época. Por isso, para além da habitual troca de guarda-redes, Abel apenas fez mais duas mexidas, lançando dois suplentes de luxo: Horta e Paulinho substituíram Esgaio e Dyego Sousa.

O jogo mostrou que a mensagem na véspera dos treinadores foi melhor compreendida no balneário do Sp. Braga: Abel prometeu uma “equipa competitiva”, que iria “lutar até ao fim”; Conceição avisou que os seus jogadores não podiam “relaxar à sombra” da vantagem. Perante um FC Porto bem mais desmazelado do que o treinador do FC Porto pretenderia, o jogo foi quase sempre de sentido único – a baliza do inseguro Fabiano -, e com apenas 122 segundos um remate de Wilson Eduardo raspou na barra da baliza portista.

O Sp. Braga mostrava ser claramente melhor nesta fase e, aos 14’, a bola entrou pela primeira vez na baliza do FC Porto. Só que o golo na própria baliza de Felipe foi invalidado pelo árbitro, por fora de jogo de Horta. Apesar de ser um lance difícil de avaliar, Manuel Mota não foi ver as imagens e colocou a responsabilidade da decisão exclusivamente no videoárbitro.

Os minutos seguintes pareciam indicar que o Sp. Braga iria perder gás, mas foram apenas 20 minutos de menor intensidade. Um erro de Fabiano não foi aproveitado por Claudemir, que, com a baliza deserta, desviou de cabeça ao lado. E, seis minutos depois, a passividade “azul-e-branca” acabou punida: com muita classe, Paulinho marcou o golo que os minhotos já mereciam.

Antes do intervalo, novo deslize de Fabiano quase resultou no 2-0. E, pelo meio, os bracarenses ainda pediram dois penáltis, por mão na bola de portistas na área.

Após 45 minutos displicentes dos portistas, era de esperar uma conversa dura no balneário e uma atitude diferente na segunda parte. Porém, o filme manteve-se. Com o FC Porto a ver jogar, o Sp. Braga precisou de apenas cinco minutos para criar mais duas grandes oportunidades.

Em dificuldades, Conceição trocou Adrián por Otávio e os “dragões”, em 4x3x3, melhoraram. Mesmo sem ter o controlo, os portistas ganharam consistência no meio-campo, o Sp. Braga deixou de criar perigo e, aos 74’, Danilo acabou com as dúvidas: após um canto, o internacional português antecipou-se a Pablo e fez o empate. Na primeira oportunidade, os “dragões” reservavam o bilhete para a final de 25 de Maio.

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