Sondagem sobre europeias mostra PSD a subir 50% em dois meses
Estudo da Aximage atribui aos sociais-democratas 29,1% das intenções de voto em Março quando em Janeiro se ficava pelos 19.8%. PS mantém-se nos 34,1%; CDU ultrapassa o Bloco e chega ao terceiro lugar; Aliança (2%) e PAN (1,9%) ganham eleitores.
Pode ser um sinal de que a guerra da campanha eleitoral está de facto a aquecer: em dois meses, a intenção de voto no PSD nas europeias subiu perto de 50%, de 19,8% (em Janeiro) para 29,1%, de acordo com uma sondagem da Aximage para o Jornal de Negócios e Correio da Manhã divulgada nesta segunda-feira.
Na sondagem de Fevereiro, feita em cima do anúncio de que o eurodeputado Paulo Rangel voltaria a encabeçar a lista do PSD a Bruxelas, os sociais-democratas tinham 24,4% das intenções de voto. Nessa altura, o PS também ainda não tinha anunciado que Pedro Marques seria o rosto principal da candidatura socialista.
A par desta subida expressiva dos sociais-democratas, o PS mantém-se exactamente no valor de Fevereiro, com 34,1% (em Janeiro tinha 32,6%). A CDU recupera o terceiro lugar ao Bloco, passando dos 8,3% para 9,2%, enquanto os bloquistas se ficam por 7,6% (tinham 9,2% há um mês). E o CDS está em queda desde Janeiro (8,4%), fixando-se agora as intenções de voto em 7,3% (em Fevereiro tinha 8,1%).
O Aliança e o PAN também sobem e ficam agora muito perto – o primeiro consegue 2% e o segundo 1,9%.
De acordo com estes valores, a projecção de deputados mostra que o PS pode ter oito a nove lugares no Parlamento (hoje tem oito), o PSD poderá subir para sete ou oito (dos actuais seis), a CDU perde um e baixa para dois eurodeputados, o Bloco recupera um e fica com dois, o CDS elegeria um a dois. Mas os valores do Aliança e do PAN não chegam para eleger representantes no Parlamento Europeu.
A Aximage aponta para uma abstenção de 55,5% - a percentagem dos que responderam que não tencionam ir votar -, brancos e nulos na ordem dos 5,4% e uma fatia de 3,4% de indecisos. Outro dado é a falta de informação sobre as eleições: 49,6% dos inquiridos admitiram não saber qual a data das eleições europeias - 26 de Maio - e só uma fatia de 8,6% acertaram no dia.
O estudo partiu de uma amostra aleatória e estratificada. Envolveu 600 entrevistas efectivas por telefone, a indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais - 289 homens e 311 mulheres - e foi realizado entre os dias 9 e 13 de Março. Dos inquiridos, 338 vivem em cidades (170 da Área Metropolitana de Lisboa e 97 da Área Metropolitana do Porto), os restantes em vilas e aldeias. A margem de erro é de 4%.