FC Porto-Benfica: primeiro golo deveria ter sido anulado
A avaliação do ex-árbitro e actual comentador de arbitragem.
Apreciação ao trabalho da equipa de arbitragem comandada por Jorge Sousa no clássico entre FC Porto e Benfica, com destaque para um lance que foi analisado pelo videoárbitro Tiago Martins.
Minuto 11
No interior da área benfiquista, a bola bate no ombro direito de André Almeida e não no braço, não havendo portanto motivo para penálti.
Minuto 16
Pizzi e Manafá envolvem se na área portista. Ambos usam o braço esquerdo um sobre o outro. Não houve motivo para penálti.
Minuto 19
Golo foi dado como legal pelo VAR, que analisou o momento do remate de Adrián López e aí Pepe estava a ser colocado em jogo por Rúben Dias, que estava em linha com o jogador portista. Contudo, na sua trajectória, a bola bateu no peito de Marega e é aí que tem de analisar-se a legalidade da posição de Pepe. O defesa está em fora-de-jogo posicional e, ao baixar-se, estando na frente de Vlachodimos, acaba por ter impacto e interferência na acção do guarda-redes. Por esta razão, o golo deveria ter sido anulado.
Minuto 26
Golo legal do Benfica. Tanto no duelo entre Seferovic e Manafá, como entre Gabriel e Óliver, nenhum dos jogadores benfiquistas faz falta.
Minuto 70
Queda na área do FC Porto. Há contacto corpo a corpo entre Brahimi e Samaris, mas o lance é legal e sem motivo para penálti.
Minuto 77
Expulsão de Gabriel, que viu dois amarelos e o vermelho por acumulação no mesmo lance. A primeira punição resulta de ter agarrado de forma deliberada e ostensiva o adversário, e a segunda pelo comportamento antidesportivo, ao ir na direcção do jogador portista e empurrá-lo.
Veredicto
Num jogo de grau de dificuldade elevado, a arbitragem foi globalmente positiva e sem influência na distribuição de pontos. Bem no capítulo disciplinar e também nas decisões da área. O golo portista é um lance dos compêndios de arbitragem pelo grau de dificuldade de análise até para o VAR, que tem pouco tempo para analisar e decidir.