Violência doméstica: "Calar dói mais", pelo que mais vale denunciar

Protestos contra o silenciamento da violência doméstica e contra a violência no namoro decorrem esta quinta-feira, Dia dos Namorados, em pelo menos cinco cidades do país.

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Protestos contra a violência de género voltam esta quinta-feira às ruas de várias cidades Miguel Manso

Neste Dia dos Namorados vão soar pelo menos em cinco cidades do país “protestos ruidosos” contra a violência no namoro e contra o silenciamento da violência doméstica.

A Rede 8 de Março, um colectivo de organizações feministas que congrega mais de 30 associações e sindicatos, precisou em comunicado que estão marcadas acções de protesto em Braga, Porto, Aveiro, Coimbra e Lisboa. E as palavras de ordem serão escolhidas de modo a combaterem a tendência para a legitimação de muitos actos de violência que ainda se encontram naturalizados e legitimados, nomeadamente entre os jovens.

Num ano em que já nove mulheres foram assassinadas pelos cônjuges ou ex-cônjuges (ou equiparados), num flagelo que provocou também a morte de uma criança de dois anos, os activistas da Rede 8 de Março consideram que “nenhum país decente pode encolher os ombros perante uma tragédia que a cada dia soma mais vítimas”.

Esta mensagem não destoa da que a Cáritas – Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica quer fazer passar com o protesto que convocou para as 13h, na Praça Joaquim Melo Freitas, em Aveiro, sob o mote “Calar dói mais”.

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