Marcelo pede "bom senso e capacidade de entendimento" sobre convenções com a ADSE

Presidente receia que sistema de saúde de funcionários públicos entre em crise e tenha consequências no Serviço Nacional de Saúde.

Foto
O Presidente espera "bom senso" nesta questão "complexa" LUSA/JOÃO RELVAS

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pediu esta terça-feira "bom senso e capacidade de entendimento" no conflito entre os grupos privados de saúde e a ADSE, admitindo que se trata de "uma situação muito complexa".

A José de Mello Saúde formalizou na segunda-feira a suspensão da convenção com a ADSE (Instituto de Protecção e Assistência na Doença) para prestação e cuidados de saúde aos seus beneficiários em toda a rede CUF, podendo evoluir para denúncia definitiva da convenção. Na terça-feira, o Grupo Luz Saúde comunicou também aos seus colaboradores o fim das convenções com o subsistema de saúde ADSE a partir de 15 de Abril.

Questionado pelos jornalistas sobre esta situação, Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que "haja bom senso e capacidade de entendimento".

"A ADSE é muito importante, não interessa que entre em crise, no sentido de as pessoas deixarem de acreditar - uma vez que é facultativa - nela e, por outro lado, que não haja a preocupação de não haver uma alternativa que evite a sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde, que é uma conquista de Abril e uma realidade que deve ser conservada e defendida", apelou, admitindo que esta é "uma situação muito complexa".