Tem um “preço de venda ao público de 30 mil euros por garrafa” e a sua estreia foi confirmada à Lusa pela organização da Essência do Vinho – Porto 2019.
Segundo o director da Essência do Vinho, Nuno Pires, o lançamento do Liber Pater 2015, oriundo de Bordéus, ocorrerá durante uma prova comentada pelo seu enólogo e mentor, Loic Pasquet.
“Apenas serão lançadas 240 garrafas no mundo inteiro” do Liber Pater 2015, adiantou Pires, referindo que é “um vinho único que põe em causa as regras da região francesa e rompe com as castas e até com a forma como as uvas são plantadas numa das mais emblemáticas e tradicionais regiões de vinho do mundo”.
Loic Pasquet é um engenheiro de materiais que trabalhou para a Peugeot até 2005 e decidiu ir para Bordéus fazer vinhos a partir de castas autóctones pré-filoxéricas, sustentando que são melhores do que aqueles que se fizeram depois de a praga, que atingiu Portugal na segunda metade do século XIX, ter sido debelada.
O Liber Pater – nome de uma divindade romana do vinho – “é um vinho raro e controverso e o primeiro, desde a filoxera em Bordéus e desde a classificação dos vinhos de Bordéus de 1855, a ser feito a partir de variedades nativas antigas”, acrescentou Nuno Pires.
O elevado preço de cada garrafa terá a ver com a excepcionalidade de 2015.
Essência Porto 2019
O evento realiza-se entre os dias 21 e 24 de Fevereiro, no Palácio da Bolsa, no Porto, e a organização afirma que estarão presentes “três mil vinhos de 400 produtores de todas as regiões vitivinícolas portuguesas” e algumas internacionais.
Os vinhos mais “raros e exclusivos” vão ser apresentados por especialistas em provas comentadas, harmonizações enogastronómicas e outras iniciativas.
Um dos pontos altos do evento será a prova Top 10 Vinhos Portugueses, na qual um painel internacional constituído por jornalistas, escanções e outros especialistas elegerá os dez melhores vinhos portugueses a partir de um universo de cerca de 60 vinhos finalistas.
A imagem da edição da Essência do Vinho deste ano, a 16.ª, foi desenvolvida por Francisco Laranjo, artista plástico e docente da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.