Esta semana, a grande polémica de Hollywood envolve o actor Liam Neeson que confessou ao britânico Independent que há uns anos, quando recebeu a notícia da violação de uma amiga, quis matar “um sacana negro”. As declarações do actor não agradaram a internautas, jornalistas, artistas e activistas dos direitos civis que o acusaram de racismo.
Numa entrevista ao programa Good Morning America, da ABC, o actor pediu desculpa pelo que dissera, explicando que “tentou vingar a honra [da amiga] de uma forma medieval e terrível”, garantindo não ser racista. Apesar de se mostrar arrependido, os estúdios da Lionsgate, responsáveis pelo novo filme de Liam Neeson – Cold Pursuit (Vingança Perfeita) – cancelaram o evento destinado à promoção do filme, bem como as entrevistas do actor aos jornalistas.
No talk show americano The View, a actriz de Cor Púrpura, Whoopi Goldberg, saiu em defesa do amigo dizendo: “As pessoas andam por aí com raiva, é o que acontece. Ele é racista? Não. Eu conheço-o há muito tempo, acho que teria reparado.” A comediante acrescentou ainda que já esteve perto de “fanáticos racistas” e que Neeson “não é um deles”.
Goldberg não foi a única a interceder pelo actor. O escritor premiado, John Banville, por exemplo, disse à Press Association que Neeson está a ser “demonizado”. O irlandês explica que “o ponto dele é que devemos resistir aos nossos instintos primitivos – e todos nós os temos”.