Já se pode votar na Árvore Europeia de 2019

Portugal participa no concurso com a Azinheira Secular do Monte Barbeiro, ao lado de árvores de outros 14 países.

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Árvore-pássaro, um sobreiro na Córsega com formas peculiares devido a um incêndio Pierre Huchette

As votações online para eleger a Árvore Europeia de 2019 abriram esta sexta-feira. Até ao final deste mês todos estão convidados a votar entre as 15 árvores europeias de 15 países europeus. Portugal é representado pela Azinheira Secular do Monte Barbeiro, do concelho de Mértola, conhecida pela sua sombra majestosa. Nesta 9ª edição juntam-se ao concurso mais dois países – França e Holanda –, por isso espera-se ultrapassar os mais de 200 mil votos contabilizados no ano passado. O vencedor deste ano será anunciado a 19 de Março, em Bruxelas.

As 15 árvores na corrida para a Árvore de 2019 têm idades que variam entre os 500 e os 65 anos. De entre estas escolhas existem histórias de árvores onde se reuniram soldados antes de uma batalha pelos direitos humanos – como a Tília de Gubec, na República da Croácia – ou árvores com formas peculiares como um pássaro a abrir as suas asas – como a Árvore-pássaro, na Córsega (França). Esta competição pretende premiar as árvores pelas histórias que carregam e pelas ligações aos seus habitantes.

A Azinheira Secular do Monte Barbeiro foi a escolhida em concurso nacional pelos portugueses. Com cerca de 30 metros de diâmetro de copa, venceu com 3445 votos o concurso para a Árvore Portuguesa de 2019 – que elege aquela que vai representar o país a nível europeu.

Com cerca de 150 anos, a Azinheira Secular do Monte Barbeiro cumpre os requisitos do concurso – uma história rica e uma forte ligação à comunidade. Inserida na Zona de Protecção Especial do Vale do Guadiana, esta azinheira exibe uma sombra com 487 metros quadrados que já conquistou os portugueses e talvez agora também conquiste o voto de cidadãos por todo o mundo.

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A Azinheira Secular do Monte Barbeiro Nuno Sequeira

A vitória do ano passado deu o título de Árvore Europeia de 2018 ao Sobreiro Assobiador da aldeia de Águas de Moura, no concelho de Palmela. Tem 234 anos, possui uma copa de 30 metros de diâmetro e mede 17 metros de altura. Pelas suas histórias e longevidade, este sobreiro recolheu 26.606 votos no ano passado e a sua memória de “árvore casamenteira” espalhou-se um pouco por toda a Europa. O seu nome deve-se ao chilrear quase constante dos inúmeros pássaros que pousam diariamente na sua enorme copa.  

A cargo da Associação de Parceria Ambiental (EPA), este concurso premeia não só a história da árvores como pretende sensibilizar para a proteção e conservação da natureza. “O propósito da Árvore Europeia do Ano é destacar a importância das árvores antigas na herança cultural e natural, que merece toda a nossa atenção e proteção”, informa a página oficial do concurso. A primeira edição teve lugar em 2011 e foi inspirada num concurso checo. Em oito anos, esta competição cresceu dos apenas cinco países concorrentes para os actuais 15 – Portugal, Rússia, Espanha, Hungria, Reino Unido, Eslováquia, Lituânia, Roménia, Polónia, Bulgária, República Checa, Croácia, Bélgica e agora também França e Holanda.

As votações online encerram a 28 de Fevereiro e o vencedor será anunciado a 19 de Março, numa cerimónia no Parlamento Europeu em Bruxelas. A Árvore Europeia de 2018 foi portuguesa, será que o troféu vai manter-se no país?

Texto editado por Teresa Firmino

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