Sp. Braga resolveu o problema na Choupana na última meia hora
Com golos de Ricardo Horta, Murilo e Paulinho, os bracarenses derrotaram o Nacional na Madeira, por 3-0.
Após uma derrota (Benfica) e um empate (Portimonense), o Sp. Braga regressou às vitórias como visitante. No jogo que abriu a segunda volta da I Liga 2018-19, o Nacional ainda equilibrou a partida nos primeiros 45 minutos, mas na segunda parte os minhotos resolveram o problema na Choupana na última meia hora: Ricardo Horta, Murilo Souza e Paulinho fizeram os golos que mantêm aos bracarenses a seis pontos do líder FC Porto.
O resultado final (0-3) acaba por ser pesado para a boa réplica oferecida pelo Nacional durante dois terços do jogo, mas o regresso do Sp. Braga aos triunfos como visitante é inteiramente merecido. Com encontro marcado com o Sporting para a próxima quarta-feira, nas meias-finais da Taça da Liga, Abel Ferreira fez uso da qualidade e quantidade que tem ao dispor no seu plantel para, de forma cirúrgica, dar descanso a alguns dos principais trunfos.
Três dias após vencer na Vila das Aves, nos quartos-de-final da Taça de Portugal, o técnico dos minhotos deixou no banco Bruno Viana, Sequeira, Claudemir, Wilson Eduardo e Paulinho, oferecendo pela primeira vez a titularidade no campeonato a um trio de brasileiros: Ailton Silva, Ricardo Ryller e Murilo Souza.
Do outro lado, após duas derrotas consecutivas (FC Porto e Belenenses), Costinha não podia contar com Rosic (o central sérvio está emprestado pelo Sp. Braga), mas fez mais uma alteração na defesa — Kalindi por Diogo Coelho — e no meio-campo — Tissone relegou Palocevic para o banco. De resto, tudo decalcado do “onze” apresentado na derrota caseira contra o Belenenses.
Com a gestão de Abel Ferreira, o Sp. Braga surgiu algo descaracterizado na Choupana e a primeira parte foi desinteressante, mas logo a abrir os minhotos podiam ter marcado: Murilo colocou a bola no fundo da baliza da ex-equipa, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo do brasileiro. O Nacional apenas conseguiu provocar perigo para Tiago Sá após um contra-ataque de Camacho. O zero ao intervalo vestia bem às duas equipas.
A segunda parte foi diferente e começou com os madeirenses por cima. Com mais posse de bola, a equipa de Costinha sentia dificuldades em criar perigo, mas mostrava capacidade para encostar o Sp. Braga às cordas. Porém, a qualidade dos “arsenalistas” fez a diferença. Aos 61’, no melhor período dos madeirenses, um ex-nacionalista ajudou a desbloquear o problema para Abel Ferreira: o esquerdino Sequeira, que jogou no Nacional durante quatro épocas, acertou no poste da baliza madeirense na cobrança de um livre directo e, na recarga, Ricardo Horta inaugurou o marcador.
A partir daí, tudo ficou muito simples para o Sp. Braga. Uma dúzia de minutos depois, Murilo, que na temporada passada foi um dos destaques do Nacional na II Liga (13 golos em 38 jogos), assinalou a estreia a titular com um desvio oportuno de cabeça para o fundo da baliza do guarda-redes Lucas França.
Com o jogo resolvido, Abel Ferreira lançou Claudemir e Paulinho, e o avançado português, a passe de Murilo, precisou de apenas oito minutos para fazer o sétimo golo nesta época e garantir que o Sp. Braga continuará próximo da liderança.