Administrador do Hospital de Santa Maria vai ser substituído
Carlos Martins esteve quase seis anos à frente do Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Norte, que integra os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente.
Carlos Martins vai deixar de estar à frente da gestão do Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Norte (CHULN). Segundo apurou o PÚBLICO, o mandato do actual presidente do conselho de administração terminou no final de Dezembro, tendo sido informado esta quinta-feira de que não será reconduzido.
Ao que o PÚBLICO apurou, no primeiro contacto com o Ministério da Saúde em Dezembro, no final do mandato, havia uma aparente abertura para a continuidade do administrador, o que não se veio a concretizar. Carlos Martins completaria em Fevereiro seis anos à frente do centro hospitalar que integra os hospitais de Santa Maria, o maior do país, e Pulido Valente. Iniciou funções em 2013 e foi reconduzido no cargo em Abril de 2016. Recebeu, entretanto, um convite do sector privado.
Carlos Martins reúne-se esta tarde com a secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte. Para já não é conhecido o nome do substituto.
Outras substituições
Esta quinta-feira o Conselho de Ministros confirmou também a nomeação de Márcia Roque para o cargo de presidente do conselho directivo da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a entidade gestora dos recursos do Serviço Nacional de Saúde. Licenciada em Economia e desde 2017 vogal executiva do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), Márcia Roque sucede a José Carlos Caiado, que renunciou ao cargo antes de completar o mandato.
Para presidência da administração da Unidade Local de Saúde de Matosinhos foi nomeado António Taveira Gomes, em substituição de Victor Marnoto Herdeiro, que renunciou ao cargo. O médico-cirurgião vai acumular estas funções com as de director clínico, que desempenha desde 2016.
Além do CHULN, o gabinete da ministra Marta Temido fez saber, em comunicado, que estão também em curso as nomeações para os conselhos de administração de outros 14 estabelecimentos hospitalares, cujo mandato terminou a 31 de Dezembro. Tratam-se dos hospitais Magalhães Lemos (Matosinhos), Santa Maria Maior (Barcelos), IPO do Porto, Garcia de Orta (Almada), Espírito Santo (Évora) e os centros hospitalares de Entre o Douro e Vouga, Trás-os-Montes e Alto Douro, Médio Ave, Tâmega e Sousa, Cova da Beira, Barreiro Montijo, Lisboa Central, Setúbal e de São João (Porto). A administração deste último apresentou na semana passada um pedido de renúncia para facilitar e acelerar a substituição após o fim do mandato.
Quando termina o mandato dos conselhos de administração do sector empresarial do Estado cabe ao Governo decidir pela recondução ou nomeação de novas administrações.
“São conselhos de administração que terminaram o mandato a 31 de Dezembro de 2018 e portanto corre o processo normal de substituição de gestores. Não diria que não vão ser substituídos. Há em torno deste processo sempre especulação. Há alguns gestores que já demonstraram que não gostariam de continuar em funções, concretamente é o caso de São João. Vamos tratar destes processos com a celeridade que se impõe”, disse a ministra da Saúde, Marta Temido, à margem das negociações com os sindicatos dos enfermeiros, admitindo que poderão existir conselhos de administração que sejam reconduzidos.