Greve dos enfermeiros do Instituto de Oncologia com adesão de 90%

Bloco cirúrgico está paralisado e não se fazem consultas externas, funcionando apenas os serviços mínimos.

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Enfermeiros do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa em greve, esta manhã LUSA/MIGUEL A. LOPES

A greve dos enfermeiros do Instituto Português de Oncologia de Lisboa atingiu, hoje de manhã, uma adesão de 90%, estando o bloco cirúrgico e as consultas externas paralisados, afirmou a dirigente sindical Elisabete Amoedo.

A dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses falava aos jornalistas em frente à entrada da instituição, onde se concentraram algumas dezenas de profissionais com bandeiras de sindicatos e uma vuvuzela.

Elisabete Amoedo referiu que o bloco cirúrgico está paralisado e não se fazem consultas externas, funcionando apenas os serviços mínimos.

Os enfermeiros do IPO de Lisboa iniciaram, às 8h de hoje, uma greve para exigir o descongelamento das progressões com "a contagem dos pontos justamente devidos", independentemente do tipo de contrato de trabalho.

A paralisação termina à meia-noite, abrangendo os turnos da manhã e da tarde, segundo o pré-aviso de greve, publicado na página do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

O protesto contou ainda com uma concentração em frente ao IPO. "Existem enfermeiros aqui com 20 e 30 anos de serviço que estão na mesma posição de um colega que entra hoje e que tem que ser integrado e ter toda uma formação no instituto", disse Elisabete Amoedo.

A dirigente do SEP Isabel Barbosa afirmou que os problemas na contagem dos pontos para progressão atravessam várias instituições como o IPO, em que "quase 90%" dos profissionais não progrediram.

O SEP convocou greve entre dias 22 e 25 nas várias administrações regionais de saúde do país, começando pela de Lisboa e Vale do Tejo.

Os profissionais reivindicam a "justa contabilização de pontos para todos os enfermeiros, independentemente do vínculo, para efeitos do descongelamento das progressões".

Os enfermeiros exigem o descongelamento das progressões com a contagem dos pontos justamente devidos, independentemente do tipo de contrato de trabalho, designadamente: 1,5 pontos de 2004 a 2014, a não consideração do reposicionamento nos 1.201 euros para início da contagem e a aplicação de pontos aos Contratos Individuais de Trabalho (CIT).

A greve de hoje foi decidida em plenário no passado dia 12 de Dezembro, após a entrega de um abaixo-assinado com 320 assinaturas exigindo, junto do conselho de administração, a justa contagem dos pontos para efeitos de progressão.