FC Porto garante recorde e lugar nas meias-finais da Taça da Liga

Com o 16.º triunfo consecutivo, um novo máximo, os “azuis-e-brancos” venceram o Grupo C graças ao maior número de golos marcados face ao Desp. Chaves e vão discutir com o Benfica, em Braga, um lugar na final.

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Soares marcou o segundo golo do triunfo do FC Porto LUSA/MÁRIO CRUZ

Durante 48 minutos, o FC Porto esteve virtualmente afastado das meias-finais da Taça da Liga, mas pela quinta vez consecutiva nas competições nacionais os “dragões” deram a volta a um resultado desfavorável e, com uma vitória por 2-1, no Jamor, frente ao Belenenses SAD, Sérgio Conceição estabeleceu um recorde no clube (16 triunfos consecutivos) e garantiu o primeiro lugar no Grupo C pela diferença de um golo. Os “dragões” terminaram a fase de grupos empatados com o Desportivo de Chaves em pontos (7) e no saldo entre golos marcados e sofridos (3), mas o segundo critério de desempate (golos marcados) fez a diferença a favor dos portistas, que vão discutir com o Benfica, dia 22 de Janeiro, em Braga, um lugar na final da Taça da Liga.

A vitória do FC Porto no Jamor foi indiscutível e apenas a inspiração de Mika, nos últimos minutos, impediu que o resultado fosse mais dilatado. Mas Conceição só respirou de alívio quando Manuel Oliveira apitou para o final. A precisar de uma vitória clara para não estar tão dependente do que se passava em Trás-os-Montes, o treinador portista surpreendeu ao colocar de início Bruno Costa e deixar Soares no banco, mas Silas mostrou competência táctica e obrigou Conceição a reagir cedo.

Sem hipóteses de se apurar, o treinador do Belenenses SAD poupou nove dos titulares na última jornada do campeonato e lançou três jovens que apenas jogaram pelos sub-23: Gonçalo Tavares, Cleylton e Luís Silva.

Apesar de apresentar um sector defensivo inexperiente, Silas surpreendeu ao apostar num 5x3x2 e, nos minutos iniciais, ganhou o duelo táctico. Com dois jogadores rápidos na frente (Dálcio e Dramé) e laterais com liberdade para atacar (Gonçalo Tavares e Reinildo), os “azuis” do Restelo entraram melhor e na segunda ameaça marcaram: Cleylton obrigou Vaná a defender de forma incompleta e, na recarga, Reinildo, que teve contrato com o Benfica até à época passada, colocou o FC Porto em desvantagem pela quinta vez consecutiva em jogos nacionais.

Perante as dificuldades, Conceição começou por trocar as posições de Bruno Costa e Corona – o mexicano passou a ser o apoio de Marega no centro -, e com a mudança táctica os lisboetas perderam protagonismo. Porém, a primeira oportunidade dos “dragões” surgiu apenas a meio da primeira parte e antes do intervalo o técnico portista teve que mexer: saíram Maxi e Bruno Costa, entraram Hernâni e Soares. Conceição assumia um 4x4x2 claro.

O jogo, no entanto, só mudou após o intervalo. Com outra atitude, o FC Porto não mais permitiu que o Belenenses SAD atacasse com perigo e a pressão dos “dragões” deu resultado. Aos 52’, Marega empatou e, dez minutos mais tarde, Soares colocou os portistas na frente. Com o empate entre Desp. Chaves e Varzim (1-1), os portuenses pareciam ter o apuramento garantido, mas num ápice chegaram más noticias para Conceição: em seis minutos, os flavienses fizeram dois golos (3-1). O apuramento do FC Porto ficava tremido – Conceição alertou os jogadores que era preciso marcarem mais um golo -, mas a partir do minuto 76 ninguém voltou a marcar, nem no Jamor nem em Chaves e, por apenas um golo, os portistas garantiram a vitória no grupo.

Assim, pela primeira vez, os quatro primeiros classificados do campeonato estão nas “meias” da Taça da Liga.

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