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Os brinquedos que dão a mão às crianças da caravana de migrantes
Na caravana de milhares de migrantes que rumam aos Estados Unidos da América, Hanna McKay, da agência Reuters, encontrou dois mundos: as preocupações dos adultos e as brincadeiras das crianças. Estas, muitas das vezes, caminham sem saber porquê, nem para onde estão a ir. Limitam-se a seguir os pais que procuram asilo e trabalho do outro lado da fronteira mexicana.
Só neste mês, morreram duas crianças imigrantes sob custódia das autoridades fronteiriças norte-americanas. Jakelin Caal, de sete anos, natural da Guatemala, faleceu a 8 de Dezembro num hospital de El Paso, no Texas. Antes da-meia noite que marcava o início do dia de Natal morria o segundo menino, também guatemalteco, Felipe Gómez Alonzo, de oito anos. Agora, o governo norte-americano ordenou check-ups médicos para todas as crianças ao cuidado das autoridades responsáveis pelas fronteiras.
A maioria dos imigrantes que constituem a caravana começou a juntar-se em Outubro e vem das Honduras. Fogem, com os filhos, da violência dos gangs e do Governo. Os mais pequenos trazem consigo os brinquedos que encontram pelo caminho ou que outras crianças lhes deram: como a máquina fotográfica de brincar que Xiomara, uma menina de quatro anos, apontou para a câmara a sério da jovem fotojornalista da Reuters. A menina encontrou a máquina de plástico no chão de um dos abrigos temporários onde pernoitou, em Tijuana, no México. Já em casa, nas Honduras, “ficou o brinquedo favorito”: um ursinho de peluche.