Questões de consumo aparentemente difíceis são parte do nosso quotidiano, questões de consumo natalício são pesadelos. Nada como ser pragmático.

Desalfandegar presentes — se encomendou artigos vindos de um país extracomunitário, saiba que a sua recolha é uma "prova de esforço" que implica conhecer a legislação, enfrentar burocracias e custos, e ainda lidar com a (elevada) possibilidade de a encomenda ficar retida na alfândega. Aconselhamos a que faça muito bem as contas ao valor final desta compra, somando ao preço do artigo o IVA, que não incide apenas sobre o valor da encomenda mas também sobre as despesas e o seguro de transporte, caso existam, e ainda direitos aduaneiros.

O aviso de desalfandegamento pede que sejam enviados para o serviço internacional dos CTT alguns documentos e dados pessoais. Nome e número de contribuinte do destinatário são sempre solicitados. É também pedida a factura da compra e o comprovativo de pagamento. Como no comércio em linha não é habitual haver documentos físicos, as alfândegas aceitam print screens da compra, extractos do cartão de crédito ou comprovativos de pagamento via PayPal. Atenção que os portes de envio, ainda que possam ter sido gratuitos, devem estar visíveis.

Há encomendas que podem ser desalfandegadas sem custos adicionais, por exemplo as de valor global abaixo de 22 euros e as de valor igual ou inferior a 45 euros, desde que remetidas de particular para particular.

Correu mal? Pode e deve reclamar junto dos serviços alfandegários, CTT e na DECO.