Suspeito do atentado de Estrasburgo morto pela polícia

Mercado de Natal reabre esta sexta-feira. Chérif Chekatt, um francês de 29 anos, foi encontrado no bairro onde morava.

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Forças especiais da polícia francesa durante a operação em Meinau, Estrasburgo CHRISTIAN HARTMANN/Reuters
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Investigadores durante a operação policial em Meinau, onde o suspeito do atentado de Estrasburgo foi morto pela polícia CHRISTIAN HARTMANN/Reuters
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Forças especiais da polícia francesa durante a operação em Meinau, Estrasburgo JEAN-MARC LOOS/LUSA

O suspeito do ataque de terça-feira em Estrasburgo, Chérif Chekatt, foi morto pela policia no bairro de Neudorf.

O ataque, que ocorreu no mercado de Natal de Estrasburgo, no Nordeste de França, causou três mortos e 13 feridos (três deles em estado grave).

O suspeito, Chérif Chekatt, um francês de 29 anos nascido na cidade, estava em fuga há 48 horas, com a França num nível elevado de ameaça e o recolher obrigatório decretado no centro de Estrasburgo.

Segundo a estação de rádio francesa France Info, o suspeito estava escondido num armazém no bairro de Meinau, perto de Neudorf, onde residia. Avança a mesma rádio que foi montada uma grande operação policial no local, envolvendo mais de 700 operacionais auxiliados por um helicóptero. 

Porém, segundo a estação de televisão France24, Chekatt foi morto por uma patrulha policial regular (não pelas forças especialmente mobilizadas para a caça ao homem). Assim que foi localizado pelos três polícias, o suspeito disparou que "imediatamente ripostaram e o neutralizaram", disse Christophe Castaner. O ministro do Interior disse estar "orgulhoso" das forças de segurança. 

O Presidente francês Emmanuel Macron recorreu ao Twitter para agradecer o trabalho das forças de segurança. "O nosso empenhamento contra o terrorismo é total", acrescentou. 

Por sua vez, o presidente da Câmara de Estrasburgo, Roland Ries, afirmou que agora será mais fácil voltar "a uma vida normal". "Com a morte deste terrorista, cidadãos como eu estão aliviados", sublinhou o autarca.

Entretanto o Daesh reivindicou o ataque, referindo-se ao atirador como um "soldado" do grupo que "levou a cabo a operação em resposta a pedidos para atingir cidadãos de países da coligação" que derrotou o grupo jihadista na Síria e no Iraque, diz a Reuters. 

Não há, porém, qualquer indício de ligação do suspeito ao grupo radical.

Chérif Chekatt tinha sido condenado 27 vezes por assaltos e actos violentos em França, na Alemanha e na Suíça, e era vigiado pelas autoridades por "radicalização". O próprio ministro do Interior pediu cautela na atribuição de um motivo para este ataque; sabe-se também que na terça-feira, horas antes do ataque, a polícia tinha estado na casa de Chekatt para o prender por crimes comuns.

Segundo testemunhos, o homem avançou pelas ruas do mercado de Natal com uma arma e uma faca, tendo gritado "Allahu Akbar" (deus é grande), informou o procurador-geral de Paris, Remy Heitz. Na quarta-feira foram detidas quatro pessoas "próximas" do suspeito.

O mercado de Natal de Estrasburgo, o mais antigo da Europa frequentado anualmente por cerca de dois milhões de turistas, vai reabrir esta sexta-feira, com um dispositivo de segurança "adaptado", menos pontos de entrada e mais forças de segurança. Uma forma, anunciou  Christophe Castaner, de "não ceder ao medo" e ao "obscurantismo". 

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