Venda da antiga Feira Popular de Lisboa novamente adiada

É o segundo adiamento da venda, que devia ter ocorrido a 12 de Novembro. A autarquia recebeu três propostas: da Fidelidade Property, da Dragon Method e da Mpep - Properties Escritórios Portugal.

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daniel rocha

As novas dúvidas levantadas pelo Ministério Público sobre a Operação Integrada de Entrecampos levaram a Câmara de Lisboa a adiar mais uma vez a venda dos terrenos da antiga Feira Popular. A hasta pública até foi aberta esta sexta-feira, como previsto, mas foi logo de seguida interrompida, depois de os três candidatos que entregaram propostas terem aceitado o adiamento da decisão até 3 de Dezembro.

No período que decorrer até lá não poderão ser apresentadas novas propostas, mas os agora interessados podem desistir dos terrenos. Tudo vai depender da avaliação que façam das questões do Ministério Público (MP), que chegaram na quinta-feira ao município.

"A bem da transparência, da boa-fé e da credibilidade das entidades públicas", disse António Furtado, director municipal de Gestão Patrimonial, "é dever" da câmara "que aqueles que apresentaram candidaturas conheçam o teor integral da pronúncia da senhora procuradora". No fim da curta sessão, os representantes das três empresas interessadas receberam uma cópia da carta enviada pela procuradora da República junto do Tribunal Central Administrativo Sul, Elisabete Matos, que coloca mais questões à autarquia sobre o megaprojecto urbanístico para aquela zona

Já há duas semanas o MP tinha levantado dúvidas sobre a chamada Operação Integrada de Entrecampos, na qual se insere a venda destes terrenos. Este é, assim, o segundo adiamento da venda, que estava originalmente prevista para 12 de Novembro.

Na sessão desta sexta ficou a saber-se que a autarquia recebeu propostas da Fidelidade Property SA, da Dragon Method SA e da Mpep - Properties Escritórios Portugal, SA.

Perante uma vasta plateia constituída sobretudo por advogados, António Furtado, que é também o presidente do júri da hasta pública, apontou para uma mesa onde estavam os envelopes com as propostas e disse: "O passo seguinte seria irmos abrir aqueles envelopes. Mas só o devemos fazer depois de os interessados terem possibilidade de ponderar."

"O município continua convicto da bondade de tudo aquilo que foi feito e das deliberações dos órgãos municipais", afirmou o dirigente, que repetiu várias vezes que o ofício do MP não impedia a câmara de levar avante a hasta pública e concretizar a venda.

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