Victoria's Secret: a segunda portuguesa, o soutien de um milhão de dólares e o elenco

Este ano há mais uma portuguesa a juntar-se às cerca de 60 modelos que vão desfilar nesta quinta-feira: aos 20 anos, Isilda Moreira é uma das estreantes.

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REUTERS/Aly Song

O desfile da Victoria's Secret é já esta quinta-feira e regressa às origens, a Nova Iorque, depois de dois anos fora, em Paris e Xangai. Já o programa, que será emitido em mais de uma centena de países, só irá para o ar daqui a algumas semanas, a 2 de Dezembro. Estes são alguns dos aspectos que já se sabem sobre o evento:

Regressos, partidas e estreias

Será o primeiro após a despedida da brasileira Alessandra Ambrosio, que no ano passado pousou as asas, mas também um momento de regresso para outras modelos. Kendall Jenner, que também há um ano não participou devido a um conflito contratual com a La Perla, vai voltar a desfilar, assim como Gigi Hadid, que em 2017 viu o seu visto para a China ser negado, depois de uma polémica que surgiu com um vídeo em que aparecia a imitar a cara de um buda. É também o regresso de Behati Prinsloo, um dos anjos da Victoria's Secret, que esteve afastada da passerelle nos últimos dois anos, enquanto teve duas filhas com o vocalista dos Maroon 5, Adam Levine. Entre outros nomes de peso estão Bella Hadid, Karlie Kloss e Adriana Lima.

Winnie Halow será a primeira modelo com vitiligo (uma condição que se caracteriza pela despigmentação da pele) a desfilar para a Victoria's Secret. A modelo canadiana foi uma das concorrentes da 20.ª temporada do programa de televisão America's Next Top Model; tornou-se, nos últimos anos, uma das modelos mais reconhecidas e uma activista no que toca à evolução dos padrões de beleza.

Victoria's Secret em português

Sara Sampaio desfilou pela primeira vez para a Victoria's Secret em 2013 e em 2015 ganhou asas. Este ano não é a única portuguesa entre as 60 modelos: aos 20 anos, Isilda Moreira fará a sua estreia na passerelle da marca de lingerie. Filha de mãe cabo-verdiana e pai guineense, a manequim costuma desfilar na ModaLisboa e no Portugal Fashion e já esteve também nas semanas da moda de Paris, Milão e Londres. Este ano participou, pela primeira vez, na semana da moda de Nova Iorque (onde desfilou para Brandon Maxwell, Rodarte, Oscar de la Renta e Michael Kors). Foi nessa altura que a agência que a representa a desafiou a fazer o casting para o desfile da Victoria's Secret, conta à Lusa. “Não me passava pela cabeça sequer fazer o casting”, confessa à agência. 

O Wonder Bra

A marca de lingerie anunciou, no início da semana, que será a vez de Elsa Hosk usar o famoso Fantasy Bra, um modelo especial criado com diamantes, cuja avaliação normalmente ronda alguns milhões de dólares. A peça tem um peso simbólico e marca um dos momentos centrais do desfile. Este ano estará disponível para compra numa versão alterada, com cristais Swarovski em vez dos 71 quilates de diamantes do original. Estará disponível a partir de 29 de Novembro, por 250 dólares, segundo o Evening Standart. O modelo que na quinta-feira será mostrado em passerelle tem 2100 diamantes e um valor aproximado de um milhão de dólares.

No ano passado foi a brasileira Lais Ribeiro quem desfilou com o Fantasy Bra e no passado a tarefa recaiu sobre modelos como Miranda Kerr, Adriana Lima, Tyra Banks e Heidi Klum. Em 2000, Gisele Bündchen usou um Fantasy Bra com o valor estimado de 15 milhões de dólares. 

Os convidados musicais e as colaborações

A panóplia de convidados musicais é bastante ampla nesta edição. A marca confirmou já a presença de Bebe Rexha, The Chainsmokers, Halsey, Kelsea Ballerini, Rita Ora, Shawn Mendes e The Struts.

No ano passado, a colaboração com a Balmain foi um dos pontos altos do desfile — sendo que algumas peças se esgotaram rapidamente após terem sido postas à venda. Desta vez, a marca criou uma colecção em parceria com a designer britânica Mary Katrantzou. 

Pela conquista da diversidade

Já há alguns anos que os desfiles da Victoria's Secret vêm acompanhados de críticas pela falta de diversidade no que toca aos corpos das modelos. No ano passado, a conhecida modelo plus-size Ashley Graham — que tem dado voz à luta por uma maior diversidade nas passerelles — lançou uma provocação à marca de lingerie, publicando uma fotografia sua a desfilar com asas semelhantes àquelas que os anjos usam. Também Chrissy Teigen se meteu com a marca publicando uma fotografia de algumas das modelos a caminho do desfile no Instagram e pedindo aos seguidores que modificassem a imagem de forma a incluí-la.

Este ano foi a modelo australiana Robyn Lawley que fez mais barulho, lançando um apelo ao boicote da marca até que esta se comprometa a “representar todas as mulheres em palco”, com uma petição online. “A Victoria Secret [sic] tem dominado o espaço há quase 30 anos dizendo às mulheres que só há um tipo de corpo bonito”, argumenta Lawley. Na terça-feira, a manequim organizou ainda um desfile de lingerie sob o mote “We’re all angels”, em parceria com a marca Simply Be.

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