Moreira espera que Bairro da Rainha D. Leonor esteja pronto "nos próximos meses"
O novo bairro vai ter 70 casas, lavandarias separadas das cozinhas, parque infantil, sala para a associação de moradores e sala de estudo.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse nesta terça-feira esperar que esteja pronto "nos próximos meses" o novo Bairro da Rainha D. Leonor, resultado de uma parceria com privados que classificou como um "modelo excelente".
"Estou muito satisfeito com o que vi. O que estava no projecto está cumprido. Espero que fique pronto rapidamente. Quando à conclusão, julgo que será nos próximos meses, mas não gosto de me comprometer com prazos", afirmou o independente, notando que o fim da empreitada depende do "promotor".
O autarca, que visitou as obras e um andar modelo do novo bairro, apresentou como "um modelo excelente" a parceria com o privado que está a construir "70 habitações novas" para acolher as "42 famílias" do antigo bairro, em troca de capacidade construtiva nas imediações.
"Este é um modelo excelente. Temos aqui 42 famílias, conseguimos receber 70 habitações sociais e a câmara não tem nenhum dispêndio", disse Rui Moreira aos jornalistas.
O autarca independente notou que a reacção dos residentes no antigo bairro municipal tem sido "positiva".
Moreira referiu ainda que o modelo da parceria com privados "não é replicável em todo o lado", mas admitiu que gostaria de o "replicar noutras zonas da cidade".
O presidente da câmara preferiu "não dar exemplos", explicando que, para o negócio ser possível, "é preciso que a parte cedida ao privado tenha um valor comercial que compense a construção de habitação social".
"Isso tem de ser visto caso a caso. E também deve ser visto à luz do plano director municipal [PDM]. Eu considero que, no PDM, em algumas zonas da cidade se deve aumentar a densidade. Se isso acontecer, criamos zonas mais apetecíveis", observou.
De acordo com a apresentação feita numa reunião camarária de Março de 2017, o novo bairro, de "classe energética A+", vai ter 70 casas, lavandarias separadas das cozinhas, parque infantil, sala para a associação de moradores e sala de estudo.
Na ocasião, o então vereador da Habitação, Manuel Pizarro, assegurou que "todos os moradores actuais" do bairro teriam casa no novo complexo. Pizarro indicava a perspectiva de sobrarem, no novo bairro, "cerca de 20 habitações para atribuir a outros residentes".
Naquela altura, foi referido que o antigo Bairro da Rainha D. Leonor era composto por cinco edifícios com 100 fogos.
A empreitada de demolição e construção das novas casas estava orçada 3,5 milhões de euros, a cargo do privado.