PCP: demissão de Azeredo é um "problema" de Costa

Jerónimo de Sousa sublinhou ser "prudente aguardar para conhecer os fundamentos que levaram a tal decisão".

Foto
Miguel Manso

O secretário-geral do PCP afirmou que a polémica do furto de armas de Tancos e consequente demissão do responsável pela tutela "passou a ser problema" do chefe do Governo.

"Queria aqui afirmar que não conhecemos os fundamentos que levaram à demissão do ministro. Passou a ser um problema do ministro da Defesa e, naturalmente, do primeiro-ministro, como principal responsável do Governo", disse Jerónimo de Sousa.

O líder comunista respondia a jornalistas, após uma sessão dos "Colóquios (Re)Partidos", organizados pelo Conselho Nacional de Juventude (CNJ) junto das diversas forças políticas, desta feita no centro de trabalho Vitória do PCP, em Lisboa, e imediatamente depois de se saber da saída do Governo de Azeredo Lopes.

Jerónimo de Sousa sublinhou ser "prudente aguardar para conhecer os fundamentos que levaram a tal decisão".

O também comunista António Filipe foi questionado no Parlamento sobre se esta saída foi tardia, como disse o CDS. "É uma questão para analistas", respondeu.

Sem fazer qualquer juízo de valor, o deputado do PCP registou que o ministro da Defesa e o primeiro-ministro fizeram uma avaliação e entenderam que Azeredo Lopes "já não tinha condições". " Consideramos que o apuramento da responsabilidade criminal prosseguirá e, aí, a Assembleia da República não pode intrometer-se", acrescentou.

No que diz respeito à política, António Filipe lembrou que "está criado um inquérito parlamentar" para tratar o assunto.

Comentário de Manuel Carvalho, director do PÚBLICO: "Teia de suspeição" ditou demissão