Windsor recebeu a segunda união real do ano: Eugenie casou-se
A princesa Eugenie e Jack Brooksbank casaram-se na capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, entre a familia real e convidados como Demi Moore e Naomi Campbell.
Meses depois da cerimónia de Meghan e Harry, a capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, voltou a receber esta sexta-feira um casamento real. A princesa Eugenie, filha do príncipe André e Sarah Ferguson (e em nono lugar na linha de sucessão ao trono britânico), casou-se nesta sexta-feira com Jack Brooksbank, um socialite e embaixador da tequila Casamigos.
Além dos membros da família real – como os duques de Cambridge e Sussex e a rainha —, foram também convidadas para a cerimónia celebridades como o cantor britânico Robbie Williams, as actrizes Liv Tyler e Demi Moore e as modelos Naomi Campbell e Cara Delevingne. O cantor de ópera Andrea Bocelli cantou acompanhado pela Orquestra Filarmónica Real.
Ao contrário do que aconteceu em Maio, a cerimónia — que começou às 11h — não foi emitida na televisão, mas o Palácio de Buckingham partilhou alguns momentos nas redes sociais. Depois de um beijo em frente à multidão que se reunia junto à capela, o casal fez um percurso de carruagem (mais curto do que o de Harry e Meghan) pelas ruas de Windsor, para cumprimentar as pessoas que se juntaram para saudar os noivos. Mas, como comenta a BBC, o entusiasmo está longe daquele que se sentiu há alguns meses, ainda assim atraiu centenas, alguns vieram mesmo do estrangeiro.
Tendo em conta a dimensão do casamento de Harry e Meghan, seria quase inevitável a comparação. Pelo menos num aspecto, o número de convidados, a cerimónia de Eugenie e Jack Brooksbank superou a dos duques de Sussex: foram ao todo 800, mais 200 do que o anterior. Tal como o primo, Eugenie convidou ainda 1200 pessoas, de crianças a adultos, de organizações a associações de todo o país, para estarem no seu casamento, nos jardins de Windsor, anunciou o Palácio de Buckingham esta quarta-feira.
A princesa foi levada ao altar pelo pai, o príncipe André — uma tradição que em Maio Meghan Markle preferiu não seguir, aceitando a companhia do então futuro sogro, o príncipe Carlos, até a meio do caminho e encaminhando-se depois sozinha até junto do noivo. Entre as seis damas de honor estavam a princesa Charlotte, as netas da princesa Ana – Savannah e Isla Philips, e Mia Tindall –, e a filha de seis anos do cantor britânico Robbie Williams, Theodora Williams. O príncipe George foi um dos dois pajens.
Um dos momentos mais inesperados foi a leitura de uma passagem do The Great Gatsby, de F. Scott Fitzgerald, feita pela irmã (e madrinha) da noiva, a princesa Beatrice. O excerto descreve o sorriso do protagonista, Jay Gatbsy, que terá lembrado a Eugenie o sorriso do namorado, quando leu o livro, pouco depois de dois se conhecerem, segundo a Vanity Fair. A simbologia foi explicada ao convidados no programa da cerimónia.
No geral, esta celebração foi bem mais tradicional do que a cerimónia ecuménica de Harry e Meghan, em que o chefe da Igreja Episcopal norte-americana Michael Bruce Curry deu uma efusiva homilia e um coro gospel cantou Stand by Me.
O vestido de Eugenie foi desenhado por Peter Pilotto e Christopher De Vos, os criadores por detrás da marca britânica com o nome do primeiro, fundada em 2007 e "conhecida pelo seu design têxtil inovador, combinado com uma silhueta feminina moderna", de acordo com um comunicado do Palácio de Buckingham. Com um decote em V, ombros cobertos e mangas compridas, o vestido de jacquard, seda, algodão e viscose expõe uma cicatriz nas costas da princesa, resultado de uma operação que fez aos 12 anos.
Foi uma escolha propositada. Eugenie teve uma escoliose em criança. "Acho que podemos mudar a forma como a beleza é considerada, e podemos mostrar às pessoas as nossas cicatrizes. Acho que é muito importante dar a cara por isso", afirma a princesa numa entrevista à ITV que foi para o ar na manhã desta sexta-feira.
Na cabeça levava uma tiara de esmeraldas e diamantes que lhe foi emprestada pela avó, a rainha Isabel II — criada em 1919 pela marca Boucheron. O estilo "kokoshnik" da peça de joalharia foi popularizado pela corte imperial russa, segundo o Palácio de Buckingham. Já os brincos, também de diamantes e esmeraldas, foram um presente do noivo.