Este ano, o calor tardou em desaparecer e o Outono chegou mais tarde. Setembro foi o mês mais quente desde que existem registos em Portugal, com uma temperatura média de 23,1ºC. Os dias quentes e secos, sempre com temperaturas acima do normal, somaram-se consecutivamente e houve registo de repetidas ondas de calor. A chegada do Outono deveria estar marcada para Setembro e é a ele que regressamos para dar as boas-vindas à estação das folhas na companhia de Frank Sinatra.
Uma música
September Song foi lançada em 1938, num musical da Broadway. Anos depois, a canção escrita por Kurt Weill, com letra de Maxwell Anderson, seria interpretada por Frank Sinatra, que a colocou no top da Billboard em 1946. Em 1965, a versão do cantor norte-americano entraria no álbum September of My Years.
Um chá
Vai precisar de água, mel, duas maçãs lavadas e dois paus de canela. Ferva a água com as cascas das maçãs e a canela. Após levantar fervura, desligue o fogo, tampe a panela e deixe em infusão pelo período de dez minutos. Deixe repousar e adoce com mel a gosto.
Uma série
O regresso às tardes e noites de sofá convida à companhia das melhores séries e este Outono as apostas do Guardian e Quartz têm uma repetição: Maniac, uma série de suspense e ficção científica que se estreou na Netflix no final de Setembro. Conta com Emma Stone e Jonah Hill como protagonistas. São eles que interpretam Annie Landsberg e Owen Milgren, duas personagens com perturbações mentais num universo futurista e distópico dos dias de hoje.
Uma (ou três) receitas
A descida das temperaturas e o regresso da chuva pedem refeições mais quentes, como sopa de abóbora ou de castanhas com cogumelos.
E dos pratos de abóbora saltamos para as ervilhas dos autores do blogue Cocoon Cooks, que inspirou o livro Vegan Para Todos, lançado em Abril por Rita Parente e André Nogueira. Nesta receita não há ovos escalfados ou enchidos, mas um estufado com ervilhas, tomates, batatas e arroz integral — promete aquecer o estômago. A receita completa está no blogue.
Um livro
No mês em que se celebram os 20 anos da entrega do Nobel da Literatura a José Saramago, ler ou relê-lo é quase obrigatório. Fugindo a Memorial do Convento, que até há dois anos era parte da leitura obrigatória no ensino secundário, sugerimos o diário inédito do ano em que o escritor foi premiado. O Último Caderno de Lanzarote foi editado no dia 8 de Outubro.